domingo, 14 de setembro de 2008


O AMOR É O FUNDAMENTO DE TUDO

Toda relação precisa ser fundamentada no amor. O amor é desfrutado através do seu canal único, chamado de relação.

Onde há o amor o DESEJO pode ser desfrutado, fora do amor ele se torna concupiscência. Muitos jovens associam os seus desejos sexuais como sinônimo de pecado, mas ele é apenas um desejo pertencente à natureza humana. E como todo desejo, ele pode ser satisfeito. O pecado existe quando se olha à base que há embaixo do desejo. Quando o desejo controla o jovem e foge do equilíbrio surge então à defraudação, cobiça lascívia, egoísmo, fornicação, adultério e aberrações. Quando o amor é o fundamento, o desfrutar é livre e proporciona saúde.

Onde há o amor a RELAÇÃO COM DEUS não é baseada no medo e nem na culpa. Onde há culpa (medo em receber algum castigo), há prisão e tortura. Quando se serve a Deus com medo de ir para o inferno, há loucura e perturbação. O amor me faz entender que não há nenhuma condenação para os que estão em Cristo. Assim, posso me achegar a Ele com as minhas fragilidades, e na relação com Ele ser santificado.

Onde não há o amor a FÉ VIVA E VERDADEIRA se torna em demência religiosa.

Onde há o amor nos RELACIONAMENTOS, existe então cura. Essa é a função da Igreja: ser uma rede de relacionamentos fundamentados no amor de Cristo. Onde o sair junto, rir junto, chorar junto, confessar para o outro minha crise ou erro (que de repente possa ser um escândalo) traz cura para mim, saúde e qualidade de vida. A relação é fundamentada no repartir do pão.

A RELAÇÃO sem amor é possessidade, doença, obsessão, egoísmo e tortura. Quem ama sabe a hora de dar, receber, viver o momento, sabe deixar ir.

A IGREJA sem amor é apenas um covil de cobras, inquisidores, mentirosos e agentes do diabo.

Onde há o amor a minha OFERTA é uma doação do meu melhor para o Reino, para o outro. Não me prende a uma matemática teológica onde será que é 10%, 20% ou 30%? Oferta sem amor é barganha, ostentação e jugo.

Onde há o amor há INTEGRIDADE e EXCELÊNCIA nos estudos, trabalho e projeto. O que resulta em honra, prosperidade e seriedade conquistada diante dos homens. Fora disso é malandragem, preguiça, falência e miséria.

Onde há o amor à ótica para com os PERDIDOS é dirigida com misericórdia e graça. A relação se torna espontânea, e às vezes, o sair junto, ver um filme, almoçar é feito sem peso e sem se importar com os que os “crentes irão pensar”. E nessa relação há um verdadeiro encontro com Deus. Fora disso, é discriminação, preconceito para com aqueles que têm uma religião diferente da nossa, prepotência em pensar que somos melhores do que alguém. Tabeliães celestiais para dizer quem vai para o céu ou para o inferno.

Onde há o amor há ATITUDE, SIGILO e HUMILDADE diante daquilo que se confessa. Fora disso, é engano e mentira naquilo que se canta e prega.

Viver com AMOR é cultuar Deus. É viver com intensidade, contentamento e gratidão. É entender que amar é deixar de fazer aquilo que vai prejudicar o outro. Amar é entender que “aquilo que eu quero que as pessoas me façam, eu devo fazer a elas”.

Por fim, Quando o amor NÃO é o fundamento, tudo se torna DIABO.


Pedro Henrique Curvelo

Agosto de 2008


A águia de Zeus, a águia Americana
Ub aquila ibi Zeus (Onde há águia, aí há Zeus).

Na mitologia grega, um dos atributos de Zeus que sustenta a sua imagem de árbitro dos céus, dos deuses e dos homens é a águia. Esta que é uma dos quatro básicos símbolos celestiais de Zeus juntamente com a égide, os raios e o trono. A águia é um símbolo principal que identifica Zeus por se tratar de um pássaro que domina os céus. No mito de Ganimedes, onde Zeus, em forma de águia, rapta o jovem Ganimedes por se encantar com sua incrível beleza, a águia é o próprio Zeus em uma de suas múltiplas formas.

Essa identificação por seu atributo foi absorvida pelo Júpiter dos romanos, que foi transformada na mais importante insígnia de suas invencíveis legiões.

Símbolo de glória, poder e superioridade, a figura da águia é também incorporada pelos Estados Unidos da América como uma espécie de “legado divino” ou “real”. A águia foi adotada como símbolo pelo USA no dia 20 de Junho de 1782, quando o Congresso Americano colocou sua figura no grande Selo Oficial e hoje é estampada em todos os sites oficiais, incluindo o selo do Presidente dos Estados Unidos. O ano de 1782 fortalece essa figura de vitória através da águia, pois ocorre um ano após o fim da guerra pela independência em Yorktown, com a vitória dos colonos americanos sobre a metrópole inglesa. Como também, um ano antes do Tratado de Versalhes onde a Inglaterra reconhecia a independência das colônias.

Diante dos vôos históricos dos Estados Unidos e do antigo Império Romano, diante de suas batalhas e vitórias, a figura da águia de Zeus se encaixa perfeitamente nos sucessores desses símbolos. Assim, surge em nossas consciências a pergunta sobre até quando esta águia estará de pé com relação aos EUA, ou então, para quem ficará o legado. Atualmente, temos visto a águia americana em extinção, no mesmo período em que o mundo presencia as fragilidades dos Estados Unidos, como por exemplo, a guerra do Iraque e a crise imobiliária. Enquanto isso, no horizonte podemos observar um outro ser mitológico, o Dragão Chinês, se desenvolvendo e se tornando uma ameaça para a águia americana. Quem vencerá? Apenas o tempo é que irá revelar se a águia americana terá supremacia ao Dragão Chinês, assim como Zeus teve sobre o dragão Tifão.


Pedro Henrique Curvelo


Agosto de 2008


Artigo apresentado ao NEA (Núcleo de Estudos da Antiguidade) da UERJ

O QUE LINDBERG FEZ PELA EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL

Fez a educação de Nova Iguaçu dar um salto de qualidade - Os novos indicadores do Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – divulgados em junho deste ano comprovam que 66 escolas da rede municipal ultrapassaram a meta de qualidade de ensino estipulada pelo governo federal.
Implantou o horário integral – Com o programa Bairro-Escola 30 mil alunos de 48 escolas da rede passaram a estudar em tempo integral. Eles têm aulas de reforço e atividades extra-curriculares como esportes, cinema, dança, teatro e oficinas culturais.
Atraiu uma rede de voluntários da educação nos bairros – O Bairro-Escola funciona com ajuda de parceiros que são os grandes responsáveis pelo sucesso do projeto. Eles cedem seus espaços ociosos nos dias de semana para as atividades extras dos alunos.
Aumentou o número de vagas nas escolas - Em 2005 haviam 98 escolas funcionando em meio período. Atualmente são 102 escolas, 48 delas funcionando em horário integral. O quadro de vagas era de 9.117, com 64.922 alunos matriculados. Em 2008 são 12.199 vagas para 63.840 alunos matriculados.Reformou mais de 90% das escolas – 93 das 98 escolas municipais encontradas em péssimo estado em 2005 passaram por reformas e quatro novas unidades foram construídas. Outras cinco estão em construção.Ampliou as salas de aula - Antes haviam 878 salas de aula. Hoje, com as reformas e ampliações promovidas em toda a rede, o número de salas de aula passou para 934. Outras 38 salas serão criadas até dezembro quando as obras em mais 12 escolas estiverem concluídas.Instalou cozinhas nas escolas - A merenda era terceirizada em 2005. Hoje é feita nas cozinhas construídas nas escolas. Para isso, 600 merendeiras das comunidades próximas às escolas foram contratadas. O índice de rejeição à merenda atingia quase 45% em 2005 e hoje é de 0%. A ONG Ação Fome Zero premiou a cidade de Nova Iguaçu no fim de 2007 pela qualidade da merenda.
Ampliou o atendimento na educação infantil - O repasse às creches conveniadas aumentou 200% e com isso elas atendem a mais quatro mil crianças de 0 a 5 anos.
Aumentou o salário dos professores e incorporou o abono – Os quatro mil professores da rede municipal tiveram reajuste de 10% e agora podem se aposentar porque têm garantida por lei a incorporação do abono de 42,86% ao salário. O que antes era garantido apenas a título de bonificação e não contava para a aposentadoria, agora faz parte do salário.
Informatizou a matrícula – Acabou com as longas filas de pais na porta das escolas. Hoje os pais escolhem entre três opções perto de casa para matricularem seus filhos. Garantiu a inclusão digital de milhares de pessoas - Em 2005 apenas 1% dos alunos da rede municipal tinham acesso à computadores, hoje, todas as escolas dispõem da tecnologia, que garante o acesso dos mais de 60 mil estudantes da rede aos micros. Também instalou mais de 40 telecentros nos bairros com cursos de informática básica que atendem 12 mil pessoas. Levou alfabetização e aceleração dos estudos a 13 mil - Até 2005 havia apenas um programa de alfabetização, limitado às mulheres. Esse programa havia formado até o final de 2004, 1.300 mulheres. Hoje, 11 mil pessoas aprendem a ler e a escrever por meio do Brasil Alfabetizado e outras duas mil pessoas estão completando os estudos no programa Tecendo o Saber. Trouxe a universidade pública - A universidade pública saiu do papel em 2005 e funciona no Colégio Monteiro Lobato com quatro cursos de nível superior que atendem 1.300 alunos. O novo prédio da universidade está sendo construído e a partir do ano que vem passará a atender quatro mil alunos. Garantiu o pré-vestibular gratuito - O sonho de entrar na universidade se tornou realidade para o filho do trabalhador. O pré-vestibular gratuito começou em 2005 com 300 vagas e hoje está oferecendo 700. Mais de 150 pessoas conquistaram a vaga em universidades públicas nos dois últimos vestibulares.Bolsas de estudos e qualificação profissional - 480 jovens universitários recebem bolsa mensal de R$ 300 para atuarem nos programas educacionais de Nova Iguaçu. A prioridade é para bolsistas do Pró-Uni e cotistas da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro). Em 2007 foram qualificados 3000 mil jovens, 900 deles foram absorvidos pelo mercado de trabalho. A partir de julho deste ano outros 4.500 jovens terão acesso aos cursos de qualificação profissional em mais de 100 locais espalhados por Nova Iguaçu.






Vote 13 - Pedro Henrique Curvelo

sábado, 17 de maio de 2008



A MULHER MELANCIA NÃO EXISTE

A voluptuosidade dos homens agora pode ser saciada. Saiu a revista da mulher melancia na Playboy. Dizem que ela é capaz de levar ao gozo qualquer homem, até os defuntos podem ficar estimulados.

Maravilha! Nesse mundo capitalista até o sexo pode ser comprado. Para se ter uma idéia, um filme pornô pode ser parcelado no cartão em várias parcelas, e o melhor, sem juros.

Tudo perfeito! Meu desejo, uma revista. Um papel, uma imagem. Minha ereção e a minha insistente solidão.

Adolescentes e jovens têm mais uma novidade fantasiosa na hora de tocarem suas “punhetas” secretas. Homens casados e, de repente, “brochados”, podem ficar excitados e visualizarem em suas esposas um pedaço da melancia que irá leva-los à velocidade cinco.

Enquanto isso o mundo vive e segue em frente. E nesse xadrez sexual, na hora do cheque-mate a realidade do nosso vazio sai de coma e mostra a masculinidade dos dias de hoje desfragmentada. Homens que não são capazes de lidar com mulheres de verdade, mas ironicamente em suas fantasias se apresentam como “cavalos pirateados”.

No mundo real a mulher melancia não existe. E não estou aqui me referindo a Andressa Soares, pois essa sim existe. Será que nessa última algum homem-lobo é capaz de dá em cima? Um pouco difícil, pois exige segurança, envolve riscos e decisões como qualquer relacionamento real.

Por fim, espero que antes que ocorra o cheque-mate desse jogo, a nossa consciência possa ser estimulada, para que o nosso interior, ou de uma forma mais particular, a nossa masculinidade possa ser saudável e integrada.

PEDRO HENRIQUE CURVELO
MAIO DE 2008

O ANTAGONISMO DA VIDA ADULTA



A vida conduz uma pessoa a encarar os seus medos de frente. Se você tenta fugir eles aparecem em seus sonhos, ou então, crescem como fantasmas em sua imaginação.


Se existem algumas verdades que eu aprendi na vida, uma delas é: O problema que você não resolve você o carrega. Esse é um princípio fundamental no âmago da vida adulta.

Nesses sistemas que pertencem à vida as fugas não adiantam. O campo da fantasia, o fantástico mundo de Bob, é desconstruído em nosso amadurecimento. O contato com a realidade passa a despertar as nossas energias, a catarata que criamos com os nossos arquétipos dá lugar à clareza.

O recesso da nossa idade emocional, criada pelo próprio coma emocional, dá lugar renascer da vida desmistificando os seus sinais e enigmas.

Assim crescemos. Em meio às dores e imprevistos.

Assim vivemos. Em meio à realidade que nos fixamos como íman.

Assim entendemos que o contentamento é que é O Segredo. A simplicidade e a leveza são as raízes da vida que fortalece e nos prepara para pequenos e grandes acontecimentos.

PEDRO HENRIQUE CURVELO

MAIO DE 2008


SERÁ QUE ESTAMOS VIVENDO ALGUMA ESPÉCIE DE APOCALIPSE?

Nos últimos dias presenciamos o ciclone que devastou Mianmar, que de acordo com os jornais as vítimas ficaram em torno de 30 mil mortos (a média é essa. Até porque cada jornal apresenta um número diferente). Mais recente ainda foi o fato que ocorreu na China essa semana que presenciou um terremoto que deixou mais de oito mil mortos e 80% dos prédios desabaram.


A população mundial assiste a esses acontecimentos de uma forma atônita. Sem dizer do trauma que o tsunami causou. Nessa história, o Brasil não fica só como espectador. Pequenos terremotos foram presenciados no país.

Sempre quando há algum acontecimento catastrófico, geralmente pensamos no fim do mundo e a palavra apocalipse é ressuscitada na nossa consciência. Ao ver esse acontecimento me veio à mente a profecia que o Pastor Samuel Doctorian deu sobre desastres que aconteceriam em alguns pontos do mundo (caso queira ler a profecia na integra acesse: http://www.vozdaverdade.com.br/mensagens/visaodofim.htm). Entre esses acontecimentos há registros de terremotos (inclusive no Brasil) e muitas mortes na China.

Diante desse pequeno exemplo e outros, o que tenho a dizer? Será que o grande cataclismo anunciado? Ora, cada geração tem os seus sinais apocalípticos. Prova disso são as profecias do próprio livro do apocalipse que se cumpriram no Antigo Império Romano. Creio que é necessário destacar as palavras do próprio livro da revelação: “Continue o santo a santificar-se e o imundo a cometer suas iniqüidades!”.

Uma das formas que entendo essa frase é a seguinte: Continue a cuidar da sua vida, observando a sua própria realidade, sempre vigiando para que não falte azeite na lâmpada. Não viva prevendo que o mundo acabará, como também, não viva pensando que isso nunca ocorrerá, quem sabe o dia e hora é apenas Ele. Quanto a nós, cabe a cada um a viver a própria vida estando atendo aos Lázaros postos na nossa frente (em breve falarei melhor sobre isso).


PEDRO HENRIQUE CURVELO.

MAIO DE 2008

domingo, 27 de janeiro de 2008


A ÓTICA DE UMA CRIANÇA NA PEDAGOGIA DA VIDA


Na vida existe um paradoxo que eu acho muito interessante. Um ser humano, que um dia foi criança, se torna adulto maduro e educa uma criança. Porém, ao observar como cada um se relaciona com a vida, percebi que o adulto é quem necessita ser educado pela criança. Nesta, a pedagogia do dia a dia parece real e disposta.


O adulto, em alguns momentos, vive mumificado pelos vícios da dura realidade da vida. É preso em si mesmo, nas teias da ansiedade que vai desde uma preocupação com a conta de luz que não foi paga até com o sol que hoje está mais forte. Na cadeia alimentar da existência humana, o homem aprendeu sobre a lei do mais forte, que para crescer e se destacar, boa parte das vezes, se utiliza o caminho da malandragem, do “jeitinho brasileiro”, da filosofia onde “os fins justificam os meios”. O adulto é capaz de morrer em si mesmo, isto é, fica morto mesmo estando vivo. A areia movediça que cauteriza a consciência humana no seu egoísmo, isolamento, lascívia e avareza surgem com os anos de vida de um homem sem ele mesmo perceber.


Quando olho para uma criança parece que vejo um outro mundo, pois vejo uma outra relação. Mas que ironia... é o mesmo trajeto histórico do tempo e espaço da vida humana na terra. Se você analisar bem, irá perceber que o sorriso de uma criança consegue mostrar o cálcio da felicidade, mesmo que a criança não tenha ainda todos os seus dentinhos..rsrsrs


A criança consegue mostrar leveza com a vida, até mesmo com a morte. Ela tem a capacidade de desfrutar de qualquer coisa, tudo é motivo para rir e brincar. Uma vez, uma grande amiga estava no banco e observou um casal estressado (novidade! Quem nunca se estressou em um banco?) com a demora do atendimento. As crianças que estavam com o casal ao invés de serem envenenadas por aquele comportamento, começaram a correr pelo banco e a brincar, e elas riam e riam muito com isso. Afinal, se estresse adiantasse alguém na fila, até valeria a pena.


Dificilmente se ver uma criança reprimindo os seus sentimentos. Quando ela está triste, simplesmente chora. Quando está com raiva, simplesmente grita e faz cara feia. Quando quer algo, simplesmente pede. Quando está com sono, simplesmente dorme. Simples assim!... rsrsrsr


Tenho muito que aprender a viver. Observar as crianças tem sido uma terapia para mim, isso amadurece a minha consciência. Deve ser por isso que Jesus ensinou que para entrar no Reino de Deus devemos ser como as crianças. Leves, simples, livres e alegres. Por fim, encare a vida com os olhos de uma criança, com certeza, ela terá mais graça e riqueza.


LUANA SOARES e PEDRO H CURVELO

JANEIRO DE 2008

UMA REFLEXÃO SOBRE O CARNAVAL


O Carnaval tem diversas origens possíveis, que nos levam a milhares de anos antes de Cristo. A palavra carnaval pode ter a sua origem na expressão latina "carrum novalis", utilizada pelos romanos para abrirem seus festejos. Ou talvez na palavra "carnelevale", que significa "adeus à carne", em dialeto milanês, uma referência ao início da Quaresma cristã.

No Brasil é a principal festa popular, sendo o Rio de Janeiro o estado com maior destaque. Muitas pessoas se dedicam o ano todo - e eu já conheci algumas – para essa festa da carne. Já vi pessoas pegarem empréstimo para poder curtir esses dias mágicos e depois ficarem o ano todo endividadas. Lembro-me de uma vez que sai do Jornal O Globo, local onde eu trabalhava, e vi pessoas às 08:00h aproximadamente dançando bêbadas no centro do Rio. Ao observá-las, quase pisei em um homem que estava dormindo no meio da rua totalmente embriagado.

No carnaval não há repressão. É período onde o enredo dos desejos é maior do que o da consciência. O Rio convoca a todos para verem as luzes dessa festa, mas se observarem os bastidores veremos que não há motivo de festa. O problema da violência, o descontrole urbano e as deficiências dos hospitais públicos revelam o verdadeiro Rio sem máscaras.

No que diz respeito ao ser humano, esse prefere tirar férias para a alma. Esquecer os problemas, tomar “uma”, dançar, curtir e se “alegrar”. Mas que tristeza! Os quatro dias não são eternos, a quarta-feira de cinzas vem não para purificar (Ora, purificar o quê?), e sim, para trazer para a alma a dor da realidade. E nesse ilusionismo festivo, muitos sofrem conseqüências: Acidentes de trânsito ocasionado pela embriaguez, dívidas, crescimento do número de meninas grávidas precocemente. Aí percebem – como canta a banda gospel Código C – que nem tudo é carnaval.
Nisso reflito e digo: Como eu sou no carnaval? Eu sou o mesmo antes, durante e depois. O que eu diria para você? Digo o que o Projeto Vida Nova de Irajá diz: “Com Jesus é festa e alegria por toda a vida e não apenas por quatro dias”. Você não precisa se enclausurar e fugir da realidade, e nem utilizar o carnaval como válvula de escape. Você pode viver sempre uma festa em seu interior. Festa essa que representa vida, avanço, saúde, amor e gratidão para com os dias que se está vivo. Sendo assim, digo que é nessa escola que eu pertenço e me deixo levar todos os anos: A escola da Vida.


Pedro Henrique Curvelo

JANEIRO DE 2008

OS POVOS “BÁRBAROS - SELVAGENS” DO SÉCULO XXI

A prepotência do Antigo Império Romano em querer romanizar o mundo fez com que os povos que não falavam o latim e tinham um sistema social e costumes diferentes dos romanos e dos gregos, fossem taxados como bárbaros. Ser um bárbaro (do latim Barbaru) é ser cruel, sem civilização e selvagem. Essa definição, apesar de pesada era designada para aqueles que não seguiam o modelo romano e grego.


Nos dias de hoje, o atual Império Romano, Os Estados Unidos, com o seu impulso imperialista vive a sua missão "messiânica" de democratizar o mundo, ou de americanizar os povos. Com isso, aqueles que não seguem o modelo do “grande império” são, muitas vezes taxados como terroristas. Ou no entendimento dos antigos romanos de bárbaros.


Esse etnocentrismo dos EUA com relação à cultura islâmica não concede o respaldo para a inferiorização. Os países mulçumanos, diferentes do nosso, tem a política entrelaçada com a religião. Uma afronta ao sistema de governo é encarada como uma guerra santa. No entanto, para os ocidentais a religiosidade nem vem à mente nesses conflitos políticos. Recentemente li uma carta do presidente do Irã ao Bush. O conteúdo é apenas religioso, na maioria das vezes se falava apenas de Alá.


Com o aspecto religioso "vulcanizado", qualquer ameaça deixa os grupos islâmicos mais radicais aflorados nessa "guerra santa". Por trás dos "fantoches-homens-bombas" existem os cérebros políticos que utilizam a massa religiosa para fortalecer os seus interesses. E nessa questão, é claro que a bandeira que querem defender não é bem a bandeira de Maomé, e sim, a bandeira econômica, para ser mais claro, a do petróleo. Mas, independente dos motivos não aceitam o novo sistema de "romanização" com estilo americano.


Nesse jogo, as peças que são prejudicadas são as famílias que perderam os seus em uma guerra e homens que se suicidaram por um ideal totalmente utópico. Por fim, eu me pergunto como será o final? Quem é o verdadeiro bárbaro da história? De quem será a vitória? Se será da águia americana com instinto romano, ou dos bárbaros-terroristas, eu simplesmente não sei. Derrepente ninguém ganhe e acabe dando empate. Assim, o suspense dessa novela continue sem data para o último capítulo.


PEDRO HENRIQUE CURVELO

JANEIRO DE 2008