O que sempre foi: Um Estado político e religioso. Com essa característica, o que é delicado de se administrar é a coexistência paradoxal entre o pragmatismo político e o moralismo religioso.
A recusa do Papa Francisco em se encontrar com Dalai Lama mostra a supremacia política em detrimento dos valores religiosos dentro do Vaticano. Nesse exemplo específico, tudo para não gerar ruídos com a China.
Francisco, que em seus discursos prega o ecumenismo, ao recusar um encontro com o líder tibetano, reforça o separatismo que a política e a religião geram. Ponto este, que Jesus sempre combateu na sua época com relação ao separatismo entre os judeus e os samaritanos.
O Vaticano zela pelo seu império de forma absoluta. Zelar pelos valores cristãos é parcial. Esta, mostrada quando a corda política aperta! O viés político sempre prevaleceu no catolicismo. Desde os Bórgias até Pio XII que preferiu acender uma vela para o Nazismo para que a vela do comunismo fosse apagada e as paredes da casa de Pedro não caíssem. Mesmo que o efeito colateral disso fosse a perseguição aos judeus.
Papa Francisco, como ser humano, pode seguir os princípios cristãos e tentar inseri-los ao máximo em seu trabalho sacerdotal. No entanto, enquanto existir um Estado religioso, terá que manter a coligação entre os meios de Maquiavel para alcançar e sustentar os fins.
Pedro Curvelo
Dezembro de 2014
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