“Papa não adoece até que morra”. Provérbio romano
Leonardo Boff, grande teólogo,
confessou à TV Brasil que a atitude de Bento XVI foi “digna e louvável”. Isto,
tendo como base a humildade do Papa por reconhecer suas limitações físicas
diante das demandas que o cargo papal exige. No passado o papa se via como
imortal, hoje, como um simples humano.
Ao longo da história, tivemos
quatro episódios de renúncia/deposição da cadeira de São Pedro:
1º - Bento IX (1045) – Deposição por
pressão devido à vida imoral que levava;
2º - Gregório VI (1046) - Padrinho
de Bento IX foi acusado de simonia (venda de objetos sagrados);
3º - Celestino V (1294) –
Renunciou por pressão política dentro do Vaticano;
4º - Gregório XII (1415) –
Renunciou também por pressões políticas.
Coincidência ou não, Bento XVI
sempre foi um profundo admirador de Celestino V. O papa que menos tempo ficou
no cargo. Pressões políticas sempre estiveram dentro do Vaticano, pois não
deixa de ser um Estado.
A verdade é: Política é o mal da
religião.
Nas relações humanas sempre
haverá um braço político. Faz parte da nossa natureza. No entanto, quando o
pragmatismo deste ameaça a sacralidade da fé, aí entra a corrupção e a
imoralidade.
Oficialmente Bento XVI se retira
por motivos de doença. Irá se dedicar aos estudos teológicos. Esperamos que a
verdade não tenha ligação com pressões políticas das diversas facções que
existem dentro do vaticano.
O mundo espera que o conclave
seja, de fato, para uma meditação e avaliação do mundo interior/exterior e suas
necessidades, naquilo que a Igreja Católica pode contribuir. Que os cardeais
escutem a voz da consciência e do Espírito Santo. Que não haja fumaça preta das
politicagens das facções e seus interesses.
Pedro Henrique Curvelo
Fevereiro de 2013
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