domingo, 16 de dezembro de 2012
QUANDO O HOMEM TROCA O PEITO DA SUA MÃE PELO DA SUA AMADA
Pele macia, ombros largos, magra, pele branca, cabelo castanho e olhos ocultos.
Como pintor diante de um modelo, você é para mim escrita e imaginação.
Apenas te observo porque você nunca me escutou.
Na verdade, me parece que você não escuta nem o mundo ao seu redor.
Seus seios modestos se tornam refúgio para um homem. A vida de um homem é assim: Ele troca um peito pelo outro. O peito da sua mãe pelo peito da sua amada. No primeiro, há o prazer e o alimento. No segundo, um outro tipo de prazer e descanso.
Vai menina! O vento convida a sua saia para uma dança. No oculto você se esconde. Aos poucos vou explorando.
Te vejo, te conheço, por fim, te possuo.
O gozo é um momento, o comungar com você é eterno.
No entanto, a eternidade da alma pertence a uma dimensão, já do corpo é outra. Neste, o corpo, o eterno é escravo do momento e vive sob o jugo da chegada e da partida.
Resta então para a alma, recolher os fragmentos deixados pela eternidade imatura do corpo.
Resta então para nós, a evolução das nossas almas, para que o vento nos leve ao reencontro.
Pedro Henrique Curvelo
Dezembro de 2012
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