Para que um ser humano seja livre, leia-se livre o encontro com a sua real identidade, o sistema educacional da sociedade na qual está inserido precisa ser livre.
Um sistema educacional livre é o rompimento com qualquer tipo de padronização.
A padronização vem do sistema político, e este, dos interesses de um grupo dominante.
Uma sociedade comunista, por exemplo, padroniza o cidadão dentro de um sistema. Não pode pensar fora da caixinha. Imaginemos uma criança brincando de massinha. Ele pega uma de uma cor vermelha, outra verde, azul e por aí vai. Envolve todos no seu bolo. "destrói" a característica inicial de cada massa de modelar.
Na sociedade capitalista a mesma coisa. Pegamos um indivíduo e o "desenvolvemos" para atender a demanda do mercado. Não atendendo, se torna descartável. Reprimimos sua individualidade para atender a doença do sistema produtivo. "Xerocamos" indivíduos dentro da massa do proletariado.
O aborto do ser parte do sistema e de algumas famílias. Se um jovem tem aptidão para a música, seus pais o reprimem porque o que dar dinheiro no momento é o curso de engenharia. Consequência: A sociedade perde um grande músico e ganha um engenheiro medíocre.
Um jovem vai prestar vestibular para Filosofia, no entanto, sente pressão externa: "faça aquilo que dar dinheiro, depois faça o que você ama". Dizer isso para uma pessoa que tem que pagar aluguel, sustentar filhos e outras coisas, eu até entendo. Mas, dizer para um jovem que está com todo um gás intelectual?! É como sentir tesão e não poder transar.
A área educacional, na política e na família, deve abrir o caminho para que o homem-ser se conheça. Conhecendo a si, encontrará satisfação. Evoluindo, suas aptidões nascerão e florescerão. Por fim, a sociedade se beneficia.
Simples assim!
Pedro Henrique Curvelo
Dezembro de 2012
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