Menina, qual o seu nome?
Te vejo, mas não sei.
Te toquei, mas não te conheci.
Vejo sua chegada. Mas não vejo sua saída. Na vida
entramos no mesmo vagão, nos olhamos, mas nos distanciamos. Na vida entramos por
vagões diferentes. Sem despedidas.
O que parece na percepção, vejo uma outra mensagem: o da
possibilidade de nos vermos novamente.
Menina! Lábios carnudos! Um beijo seu é o rejuvenescer do
homem.
Entre os seus belos peitos, um cordão de prata com a clave de Sol.
O tom eu já entendi, mas qual o seu ritmo? A partitura da sua personalidade
sempre esteve escondida.
Menina! No tempo da chegada sempre te vejo de All Star e
ouvindo música no celular. Na saída, apenas a memória.
Você, bela menina,
vai contra a lógica do tempo. Eu já tive 18 anos, mas você sempre tem essa
idade. As areias da minha ampulheta caem oprimidas pelas velocidade do tempo.
Já a sua, as areias se renovam sem precisar virar.
Um dia, quem sabe, pergunto o seu nome.
Quem sabe um dia, através de um beijo, eu possa ver mais que uma clave.
Enquanto isso você vai embora escutando "doom and
gloom" dos Rolling Stones. Eu fico sentado escutando "I can't gate
no - Satisfaction" também dos Stones.
Pois é! Quem sabe um dia eu também compre um All Star
para te acompanhar por onde quer que for.
Pedro Henrique Curvelo
Dezembro de 2012
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