O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é uma das datas mais importantes para refletirmos sobre a história, a cultura e o impacto da população negra no Brasil. A data foi escolhida em memória de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo da história e símbolo da luta por liberdade durante o período escravista.
Zumbi é o melhor símbolo da Consciência Negra?
A figura de Zumbi é fundamental na memória coletiva, mas também gera debates. Registros históricos indicam que Zumbi pode ter mantido escravos dentro do próprio quilombo, o que abre discussões sobre complexidade histórica e escolhas simbólicas.
Isso não diminui sua importância, mas reforça que personagens históricos são humanos e que o verdadeiro foco do 20 de novembro deve ser a consciência, a memória e a luta por justiça social.
A escravidão acabou, mas a desigualdade ficou
Quando o Brasil assinou a Lei Áurea, em 1888, aboliu oficialmente a escravidão. No entanto, não ofereceu qualquer política de inclusão, reparação ou desenvolvimento para os milhões de negros libertos.
Sem terra, sem educação, sem emprego e sem apoio, essas pessoas foram deixadas à própria sorte, enquanto o governo incentivava a vinda de imigrantes europeus que receberam oportunidades que os negros nunca tiveram.
Exigir “meritocracia” nesse contexto é ignorar a história. É pedir igualdade de resultados quando nunca houve igualdade de condições.
A força de quem resistiu
Apesar de todos os obstáculos, hoje vemos homens e mulheres negras nas universidades, empresas, na ciência, na política e em cargos de liderança. São conquistas históricas.
Como disse Mano Brown, muitos são aqueles que “não viraram comida de tubarão”, sobreviventes de uma travessia brutal, física e social.
O 20 de novembro é um convite
O Dia da Consciência Negra não é sobre culpa. Não é sobre divisão. É sobre consciência racial, social e histórica. Sobre entender o Brasil que herdamos e o Brasil que ainda podemos construir.
Você já tomou consciência?

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