A corda bamba que a nossa política anda, chegou em um péssimo momento. Digo isso porque para levantarmos a nossa economia é
fundamental uma sólida base política. No entanto, os constantes terremotos em
Brasília, da Lava Jato até o pedido de Impeachment, quebram qualquer via
de investimento, reforma tributária e reeducação na gestão pública. Não há equilibrista que se segure na corda.
Diante da possibilidade da Dilma cair ou o do Cunha, o
fato é que nós já estamos no chão. Vivemos o retrocesso: salários devorados pela alta
carga tributária, não produção de tecnologia e mentes brilhantes saindo do país. Vivemos a corrupção desde o "cafezinho" em uma blitz
policial até a política. Nosso congresso se preocupa com o matérias
insignificantes como o "Dia do homem Hétero" até a possibilidade das igrejas
questionarem o STF.
No que diz respeito ao Impeachment, temos um ponto histórico para
analisar: Collor.
Ele não caiu por causa do movimento dos
Caras-pintadas, caiu porque não tinha o apoio no congresso. Simples assim!
Apesar da Dilma ter uma bancada forte, ela
precisará, para se livrar, fazer o que nunca fez: Política! Nessa matéria,
ela tem dificuldades. Se o mais básico que é receber a visita de algum deputado
ela não consegue, o que dirá fazer uma forte articulação para impedir o
impeachment.
Já o Cunha ganha tempo para não cair agora. Tem
momentos que penso se a série do Netflix, House of Cards, foi inspirada nele ou
o contrário. O presidente da Câmara dos Deputados, sabe que irá cair em algum momento. Quando esse momento chegar, as orações do Malafaia ou do R.R Soares não poderão livra-lo.
Por fim, o processo do impeachment e as brincadeiras
de "imperador" do Cunha precisam passar rápido. A estabilidade política precisa
voltar para que, então, a nossa economia possa se apoiar e se curar.
Pedro Henrique Curvelo
Dezembro de 2015
Imagem: http://wellingtonflagg.blogspot.com.br/2015/06/dilma-de-bicicleta-na-corda-bamba-charge.html
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