A cafetina de Brasília Jeany Coner foi presa recentemente por ser acusada de explorar a prostituição de luxo. Entre as suas aranhas, estão algumas vulvas que recebiam cachê de até 30 mil reais. Muito dinheiro para uma brincadeira entre cobras e aranhas.
As acompanhantes de luxo, não apenas tem corpos esculturais, como também possuem cérebros e uma sagacidade incrível. Entre um gozo e outro sabiam utilizar suas teias para conectar interesses econômicos de alguns lobistas com interesses políticos.
"Os fins justificam os meios". Abrir as pernas para um político é a possibilidade de abrir a caixa de pandora dos cofres públicos para acordos sem licitação.
Essas aranhas não são menininhas com um corpo para serem possuídas por velhos políticos brochas e tarados. São espiãs que sabem se infiltrar em cargos públicos, oferecer fundos de investimentos que no fundo são areia movediça.
Agora, utilizar lindos seios como confessionários não é uma invenção brasileira. A história é cheia de exemplos. A Stasi, polícia secreta da antiga Alemanha Oriental, utilizava prostitutas para extrair segredos dos turistas ocidentais e membros do governo. A diferença é que no recrutamento dessas meninas, elas deveriam provar que tinham convicção patriótica.
Já as nossas meninas, não precisam saber cantar o hino nacional, não precisam torcer pelo Brasil na Copa e nem provar que votaram no PT nas últimas eleições. Basta, provar que são ambiciosas e espertas.
Esse é o nosso Brasil. Um país que defende um falso moralismo e que só vive caindo em contradição. Enquanto por um lado tem postura firme quanto ao projeto de lei que regulamenta e legaliza o trabalho das profissionais do sexo, por outro lado deixa a porta aberta para que aranhas entrem e façam a suas teias. O problema não é a diversão erótica de um parlamentar, e sim, o dinheiro público que fica preso nessas teias.
Essa é a porneia brasileira.
Pedro Henrique Curvelo
Dezembro de 2013
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