quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

CORDA BAMBA EM BRASÍLIA



A corda bamba que a nossa política anda, chegou em um péssimo momento. Digo isso porque para levantarmos a nossa economia é fundamental uma sólida base política. No entanto, os constantes terremotos em Brasília, da Lava Jato até o pedido de Impeachment,  quebram qualquer via de investimento, reforma tributária e reeducação na gestão pública. Não há equilibrista que se segure na corda.
Diante da possibilidade da Dilma cair ou o do Cunha, o fato é que nós já estamos no chão. Vivemos o retrocesso: salários devorados pela alta carga tributária, não produção de tecnologia e mentes brilhantes saindo do país. Vivemos a corrupção desde o "cafezinho" em uma blitz policial até a política. Nosso congresso se preocupa com o matérias insignificantes como o "Dia do homem Hétero" até a possibilidade das igrejas questionarem o STF.
No que diz respeito ao Impeachment, temos um ponto histórico para analisar: Collor.
Ele não caiu por causa do movimento dos Caras-pintadas, caiu porque não tinha o apoio no congresso. Simples assim!

Apesar da Dilma ter uma bancada forte, ela precisará, para se livrar, fazer o que nunca fez: Política! Nessa matéria, ela tem dificuldades. Se o mais básico que é receber a visita de algum deputado ela não consegue, o que dirá fazer uma forte articulação para impedir o impeachment.

Já o Cunha ganha tempo para não cair agora. Tem momentos que penso se a série do Netflix, House of Cards, foi inspirada nele ou o contrário. O presidente da Câmara dos Deputados, sabe que irá cair em algum momento. Quando esse momento chegar, as orações do Malafaia ou do R.R Soares não poderão livra-lo.

Por fim, o processo do impeachment e as brincadeiras de "imperador" do Cunha precisam passar rápido. A estabilidade política precisa voltar para que, então, a nossa economia possa se apoiar e se curar.
 
Pedro Henrique Curvelo
Dezembro de 2015

Imagem: http://wellingtonflagg.blogspot.com.br/2015/06/dilma-de-bicicleta-na-corda-bamba-charge.html