terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O ANONIMATO DO SAGRADO



Aos que andam, carreguem aqueles que não podem andar. Se necessário, desçam pelo telhado (Marcos 2:4).

Aos que enxergam, guiem os que tem as lamparinas apagadas. Em paralelo, vigiem quanto a cegueira do espírito.

Aos que receberam, que contribuam 
Dividam, pelo menos em parte, o que de bom receberam.

Aos que foram perdoados, perdoem. Mesmo que o errante esteja surdo e não consiga ouvir a sua liberação.

Aos que foram amparados pelos abraços da figura paternal e pelos seios da figura maternal, que adotem filhos. Mesmo que sejam gerados pelo DNA das tribulações da vida.

Pelo Caminho, dance! Mesmo que todos estejam parados. Pois no fundo, existe uma música. Contagie com os saltos dos pés dos que anunciam boas novas.

Aos que nasceram, cresçam e descubram os mistérios da vida.
Aos que morreram, nossas velas e o reverenciar da nossa memória.

Aos pais, nossas honras
Aos amigos, o comungar de um sábado a tarde.

Ao próximo pelo caminho, seja a sentinela das nossas almas.

Fazendo isso, conheceremos o Sagrado, mesmo sem saber o seu nome.

Pedro Henrique Curvelo
Fevereiro de 2014

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