Um último suspiro e deixamos a morada temporária
Nosso espírito flui para uma outra dimensão, e percebemos
que antes, éramos peregrinos
Rompemos com o tempo e para o Eterno voltamos
Fragmentos de um Todo
A consciência do Eu evolui
Diante da roda da vida, honramos nossa temporalidade
O barro se traduz em húmus
e forma nossa humanidade
Com a mãe terra comungamos, pois dela viemos e um dia
voltaremos para ela
Nossos antepassados são memoriais da nossa finitude
Logo, enquanto houver folego, cantemos a canção
Enquanto houver força e vigor, levantemos nossos talentos
Enquanto houver coração, amemos aquele que é o nosso espelho
Estamos ligados em cada pessoa, formamos o Homem
No processo do nascer, engatinhamos
No processo do viver, corremos
No processo do morrer, descansamos
Do barro somos, que o nosso adubo abrace as sementes da
beleza chamada vida
Larguemos a ampulheta do medo
Andemos no Caminho com confiança
O amanhã é uma canção que não conhecemos
O Hoje é a nossa respiração
Pedro Henrique Curvelo
Novembro de 2013
Um comentário:
Prezado Pedro Henrique Curvelo, parabenizo-o pelo texto. Achei-o profundo, amplo, inspirador e engrandecedor. No "Um último suspiro" você consegue retratar nossa passagem efêmera pela vida, nossa descoberta por seus valores positivo e negativos.
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