Sem referência, memória ou fragmentos. Teve que encarar o presente partindo do estado zero.
Nem sempre o novo se constrói sobre ruínas. Tem momentos que precisa ser trabalhado sobre um terreno virgem. Se há fantasmas escondidos, as erosões do futuro irão mostrar.
Ele pegou o papel, construiu o preto e o branco. Do seu interior teve que buscar forças para colorir.
Uns chamam isso de fé.
Mas, nesse aspecto, a fé tem outra dimensão. Pois não floresceu de uma promessa, testemunho ou "dito profético". Ela germinou sem semente. Do vazio surgiu, crendo em algo que ninguém consegue ver.
Do Mistério veio o querer e o realizar. Como consequência, uma jardim surgiu. Jardim esse que para ele será um memorial.
Pedro Henrique Curvelo
Novembro de 2012
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