Um humano nos nasceu
Um demônio se formou
Um demônio se formou
Do proibido conheceu a si
Do fruto, alimentou uma outra natureza
Metamorfoseou o coração
Errante andou pela terra
Terra dos humanos, que
um dia foi dos anjos e agora é de um demônio
Assim ele quis, assim foi feito
Da sua raiz familiar resolveu cortar
Sua herança roubou, possuiu antes do tempo
Andou errante, procurando um culpado. Viveu acusando
De um espelho, imagem nenhuma viu, nenhuma semelhança identificou
Viu um dia a Cruz.
Dela riu e não se curvou
Rei quis ser. Por isso se prostrou diante de si
mesmo
Pedras carregou para o deserto.
Se alimentou delas
como se fossem os figos do Éden
Cego se tornou para não ver aquele que chamaram de
Lázaro
Paralítico se tornou para não seguir as trilhas do
Caminho
Surdo se tornou para não ouvir o canto de uma
criança
Se isolou para não sentir o vento
Animal se tornou.
Seu entendimento atrofiou
Quem é ele?
Agora é tarde. O Tempo o levou. As cinzas da sua história não servirão de memória.
Agora é tarde. O Tempo o levou. As cinzas da sua história não servirão de memória.
Pedro Henrique Curvelo
Novembro de 2012
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