domingo, 31 de julho de 2011
CASARAM COM O SOL, MAS TOMARAM A LUA COMO AMANTE
Sublima a intensidade da paixão, cálice da essência! Do seu corpo ele queria se embriagar.
Encontrar o êxtase do encontro “alma-ser”, evoluir até o ponto em que o seu fio de prata envolveria sua taça de ouro.
Pensávamos que o mundo iria acabar, mas eles ficaram na praia sonhando com o amanhã.
Pensávamos que eram surdos, mas eles escutaram o som do violino e o cantar da musa eterna.
Pensávamos que eram atrofiados, mas de uma forma harmoniosa dançaram em pleno luar.
Eles casaram com o sol, mas tornaram a lua como amante.
Do pulsar veio o nirvana da psique deles.
Menina-mulher! A torre está perdida, aqueles que estavam em sentinela se foram, agora só resta se render.
Sobre a ponte o cavaleiro entrou, conhecerá sua luz e sua escuridão. Sobre as águas ele também pode andar sobre a vigilância do Logos.
Seja o amanhã tão somente a percepção.
Seja o agora a vivacidade da juventude.
Sob o olhar da ampulheta, paramos de contar a areia. Ela conta por si só.
Quanto ao cavaleiro, ele cavalgará sobre o Pégaso, pois no renascer do depois serão apenas memórias.
PEDRO HENRIQUE CURVELO
Julho de 2011
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Um comentário:
parabéns! mais um ótimo, inteligente e sensível texto seu.
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