sábado, 7 de maio de 2011
Um SISTEMA só é destruído com outro SISTEMA
Um amigo muito próximo uma vez me disse: “Você só pode vencer um sistema com outro sistema. Nunca sozinho”. Pensei bem, e tive que concordar.
Nesse final de semana vi, um pouco atrasado, o filme Tropa de Elite 2. A guerra não era contra os traficantes – pois estes são frutos da desigualdade social -, e sim, contra o sistema. A cadeia da corrupção que é bem profunda, no entanto, nós apenas vemos a ponta do iceberg. O que vemos no dia a dia, os coadjuvantes do crime organizado, milícia, na verdade existe um “outro”, posso chamar de diretor, por trás disso que é um glaciar (geleira). No filme, era um deputado, um apresentador de TV e até mesmo um governador.
Lutar sozinho contra um sistema, apenas produz mártires. E estes, como conhecedor da história, digo que nem sempre conseguem destruir o maldito sistema. Tem exceções: O Pastor Martin Luther King Jr, Gandhi e Mandela, são exemplos.
Mas, na maior parte da história, os mártires são utilizados como propaganda. Favorecendo no final, por incrível que possa parecer, o “diretor”.
Um sistema possui pernas (é possível ver isso mais claro no meu artigo “As pernas do poder de Edir Macedo”). E estas, precisam estar bem alicerçadas. Um sistema para prosperar precisa se infiltrar no meio econômico, político, comunicação e até mesmo religioso. Do contrário não terá sucesso. Será aniquilado por outro que fica atento a essa regra.
No Brasil, só um sistema pode destruir outro. O rodízio dificilmente será quebrado. Veja o antigo caso do mensalão, CPI das ambulâncias e por aí vai. Quem pode contra o sistema? “Deus”?
Hum! Vejam as diversas igrejas que possuem mais do que provas do envolvimento ilícito dos seus líderes com coisas erradas: Lavagem de dinheiro, charlatanismo, roubo e até mesmo assassinato.
A mídia, sozinha, não derruba. Apenas, como foi falado, outro, mais poderoso, sistema.
Mas, nós seres mortais, podemos ter esperanças.
O voto precisa ser livre, consciente e inteligente.
A mídia precisa ser imparcial.
Precisamos, como cidadãos, ter uma atitude mais ativa.
Não estou dando a fórmula para derrubar um sistema. Apenas mostrando como, assim como as minhocas, podemos deixar um terreno mole.
Pedro Henrique Curvelo
Maio de 2011
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