sábado, 14 de maio de 2011

O ENCONTRO DE DUAS ALMAS


    Quando o tempo pára, o presente atemporal congela. As demandas de uma vida abrem alas para que um casal possa passar. O momento que anda acelerado se acalma, entra em bonança e então rejuvenesce.


Ele conseguiu ouvir uma música na dimensão do seu olhar. Ele a tocou e as chamas da vida se acenderam. Um beijo tão intenso, então, entrelaçou o seu coração.

Ele a tomou, ela se entregou. Ele a possuiu!

A nudez veio a luz, o ápice da paixão que é onde a vida começa. A intensidade do conhecer cada parte do seu corpo.

O possuir é um mistério que até o Divino respeita. O paralelo do sagrado com o profano. Nessa volúpia está a vida deles.

Eles só conhecem o presente. Não há como prever o futuro.

Apenas o se render.

Esse é o momento em que o silêncio das suas consciências se falam.

O instante em que duas almas se encontram e se amam.

Pedro Henrique Curvelo

Maio de 2011

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