sexta-feira, 23 de abril de 2010

A VIDA NO ALTAR



Todo ser humano, por mais que conduza sua vida de uma forma saudável, tem um ponto de entrega. Esse ponto é o que figura o seu altar. É o momento em que ocorre a rendição total do homem.

Partindo desse entendimento, precisamos compreender que o altar é uma construção psico-espiritual, e não algo material. Essa construção existe na alma de toda pessoa. Nele, cada ser humano se refugia em determinados momentos da sua vida para entregar suas dores, fragilidades, enfim, os fardos da vida.

Um altar para uma determinada pessoa poder ser uma saída para uma boate. Enquanto para algumas pessoas é apenas um local para dançar com os amigos, namorar, curtir um bom som para entreternimento, para outros se torna um rito onde na mistura do som alto e bebida forte a pessoa entrega o seu fardo que em tal sensação a pessoa mergulha de cabeça. Ali é o seu ponto de entrega.

Para outras pessoas, o altar é uma determinada religião, onde a pessoa se isenta da realidade da sua vida, das demandas da vida adulta e suas limitações, e se tranca em uma religião, se apropriando dos seus ritos e dogmas como um verdadeiro mantra, uma lavagem cerebral pelo qual o indivíduo tenta viver uma outra realidade, ou então ser uma outra pessoa.

Diante disso, eu pergunto para você que ler esse texto: Qual é o seu ponto de
entrega?

O Senhor Jesus no seu evangelho ensina que o altar mítico da nossa vida tem que ser a fé. Esta, não se apoia em uma estrutura e nem em pessoas. Ela é individual e se apóia não no que ver, mas simplesmente no que crer. É uma dimensão tal que é um desafio para o homem. É um momento interno onde a consciência consegue compreender sua realidade e limitações e se entrega a Deus.

Se entrega para um ser que niniguém viu, mas que dentro do homem acendeu uma chama (fé) que queima e que fornecer sentido para a existência e a certeza da sua prensença do Eterno.

Assim, a partir do campo da fé, o homem ganha o que Jesus chamou de “bom ânimo”, e conduz sua humanidade até o fim da sua existência na terra.

Abril de 2010
PEDRO HENRIQUE CURVELO

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