PORNOPOLÍTICA – A VULGARIDADE DA NUDEZ
Quero nesse momento pedir licença para o cronista Arnaldo Jabor e utilizar o Título do seu livro: “pornopolítica”, para definir o processo de cassação do presidente do Senado Renan Calheiros, que conseguiu obter a sua absolvição na quarta-feira, dia 12 de setembro.
Quero nesse momento pedir licença para o cronista Arnaldo Jabor e utilizar o Título do seu livro: “pornopolítica”, para definir o processo de cassação do presidente do Senado Renan Calheiros, que conseguiu obter a sua absolvição na quarta-feira, dia 12 de setembro.
Renan Calheiros era acusado de pagar despesas pessoais com recursos do lobista Cláudio Gontijo, funcionário da construtora Mendes Junior. No Conselho de Ética, Renan não conseguiu provar que o dinheiro utilizado para o pagamento de pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, que teve uma filha com o senador, teve origem em negócios agropecuários.
Nesse processo Renan foi redimido por 40 votos de absolvição. Nisso, podemos perceber que a sujeira maior não foi a sua “redenção”, e sim, a falta de caráter e dignidade por parte da maioria dos senadores em não assumir seu voto perante a imprensa e o povo. Vale destacar que dois senadores do Rio de Janeiro: Francisco Dornelles e Marcelo Crivella foram a favor de Renan.
Mediante a isso, concluo que mais vulgar e devasso não foi a publicação da revista PLAYBOY com fotos da jornalista Mônica Veloso (a ex do Renan Calheiros), e sim, a obscenidade que a sociedade viu no Senado na semana da votação pela remissão. Não sei se posso afirmar a expressão que saiu no Jornal do Brasil: “Morte no Senado”, mas o que eu posso dizer é que a cada escândalo que presenciamos na política podemos ver uma nudez fragmentada. O irônico é que nos assustamos com a sua feiúra, e olha que não a virmos em sua totalidade. A pergunta então é: Como trataremos da doença que há nessa nudez? Eu ainda não sei, pois o quem gerou esse senado foi uma sociedade que ainda não aprendeu a ter formação política.
Pedro Henrique Curvelo
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