sábado, 28 de julho de 2007

OS EUA E A SÍNDROME DE ROMA



A Roma antiga dominava 1/3 do mundo. Esse domínio não era apenas militar, mas também econômico e cultural. O mundo girava em torno de Roma. Semelhantemente os Estados Unidos da América vivem a síndrome de Roma pelo seu desequilíbrio de dominação e supremacia.

No período da República Romana houve vários movimentos de expansão em diversos territórios. “Mare Nostrum”, Roma passa a dominar todas as terras nas margens do mediterrâneo, mostrando assim a sua soberania. Os EUA hoje impõem o seu domínio não apenas com o seu poderio militar, mas também com as suas “chaves” da economia.

O que marca a semelhança dos EUA com Roma é a ROMANIZAÇÃO. Roma não apenas queria impor a sua força militar, também queria colocar a sua política, arquitetura, cultura. Na época todos tinham que aprender o latim para manter relações comerciais e políticas com Roma. Hoje, todos devem aprender o inglês para crescer no mundo globalizado. Podemos perceber nos dias de hoje a América do Norte nas roupas, nas músicas, na política, na economia, no idioma, enfim, em todas as questões sócio-culturais podemos ver fragmentos da cultura americana, uma verdadeira AMERICANIZAÇÃO, podemos dizer que todos os caminhos nos levam a Roma, ou melhor, aos Estados Unidos.

Confrontar os EUA pode ser considerado loucura ou identidade nacional firmada. Como é o caso dos Árabes. O incrível é que o mesmo conflito também ocorreu entre os Árabes e Roma. Às vezes o Império passa por crises. No caso americano podemos destacar os atentados de 11 de setembro, semelhantemente o império romano, que em uma certa vez teve 80 mil soldados mortos em apenas um dia pelo rei Mitrídates.

No Novo Mundo a cultura romana é muito influente. Até o Senado americano é idêntico ao da Roma Antiga, que ironia. A diferença é que Roma concedia cidadania romana aos outros povos, o próprio Apóstolo Paulo se considerava romano, diferente dos EUA que exclui os outros povos da sua cidadania.

Sendo assim, vemos hoje um império que tem suas raízes bastantes ocultas em um antigo império, cuja história e resquício ainda vive hoje. A pergunta é: Até quando esse império ficará de pé? Será que terá o mesmo fim da Antiga Roma? Eu não sei. O que sei é que esse imperialismo tem entrado em um estado mórbido, e os seus sintomas têm atingido a nossa história.

Pedro Henrique Curvelo

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