segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Rachaduras no Bolsonarimo

 


Esse período de eleição municipal revelou duas rachaduras no Bolsonarismo:

Primeiro o efeito Marçal em São Paulo. Pablo Marçal no cenário político não se torna ameaça para a esquerda. E sim para a direita. A fatia de votos que ele tira da direita se mostrou no primeiro turno em São Paulo. Seu discurso agressivo, debochado, com frases de efeito em um contexto de empreendedorismo, autoajuda e até religioso, encantou boa parte do eleitorado que deixou de votar no Nunes do Bolsonaro.

Não é a toa que o próprio Bolsonaro o atacou e depois o Silas Malafaia. Que até então se porta como um aiatolá do ex-presidente. Tudo bem que sobre o Malafaia, não foi só o Marçal que apanhou, o próprio Bolsonaro tomou uma chamada de "omisso" e "covarde" no sentido de que poderia ter sido mais protagonista nas eleições da cidade de São Paulo.

A segunda rachadura tem relação direta com os evangélicos. E aqui entra a figura do Deputado Federal e também Pastor Otoni de Paula Junior (MDB - RJ). Ao rasgar elogios ao Presidente Lula reconhecendo que os programas sociais ajudaram muito os evangélicos, como minha Casa Minha Vida, Prouni e outros. Tentou equilibrar o discurso dizendo que não votou no Lula. Mas, agradecer publicamente mostra um distanciamento do Bolsonaro. O efeito no Rio de Janeiro foi claro: Apoiou Paes ao invés do Ramagem, candidato do Bolsonaro.

E aos poucos o PT vai aumentando a articulação com a bancada evangélica. De acordo com a Folha de São Paulo, já se estima um acordo com 90 deputados da bancada.

Com essas rachaduras, os votos que o Bolsonaro recebeu começam a se dispersar para as próximas eleições. Vai se perdendo a centralidade. O discurso religioso, de guerra espiritual, muito presente na última eleição presidencial não ganhará força porque não terá um único inimigo. No jogo político a pior coisa é quando a definição de adversário se torna plural. Sendo mais de um, o candidato precisa dividir a narrativa e energia.

Ainda dentro do apoio dos pastores midiáticos, existe um fator de dúvida com relação a Igreja Universal. Tudo vai depender da mudança que haverá na presidência da Câmara dos Deputados agora em 2025. O vice-presidente da Câmara, deputado Marcos Pereira (Republicanos), tem buscado apoio do Presidente Lula. Ora, não podemos esquecer que Marcos Pereira é bispo licenciado da Universal e o próprio Partido Republicanos é da Universal. Se Lula apoiar, naturalmente a Igreja apoia o PT em 2026. Se criar essa aliança, não veremos mais a cena do Bispo Macedo colocando as mãos na cabeça de Bolsonaro e nem de nenhum dos seus aliados.

Vale lembrar que Republicanos, PL e União Brasil foram os partidos que mais ganharam prefeituras no Brasil.

Dentro da esfera política a formação da nova mesa da Câmara dos Deputados em 2025 irá apontar se as rachaduras no Bolsonarismo irão aumentar.

Por fim, o eleitor comum precisa acalmar o seu coração e não romantizar a política. Muito menos beatificar o que não pode ser santificado. Política é jogo do poder. E nessa relação acordos e discursos são feitos e desfeitos na mesma velocidade.

Procure entender mais sobre o jogo político.

Aprenda a sobreviver e blindar os seus interesses.

E, principalmente, não sofra por causa de político.

Pense nisso!

Pedro Henrique Curvelo

Outubro de 2024


domingo, 14 de julho de 2024

A Síndrome de Alexandre o Grande. O acaso e a estratégia sobre o atentado de Donald Trump



O atentado de Trump na campanha eleitoral nos revela o acaso em uma relação oculta com a estratégia de um jogo temporal humano. O que chamamos de política.

Aqui, antes de prosseguir, gostaria que você abrisse mão, ou pelo menos fingisse menos influência, dos seus conceitos, "pré-conceitos" que formam conclusões e reflita sobre os meandros dessa retórica.

Quando chamo o atentado de Trump de acaso, me refiro a fatalidades da vida que podem ser oriundas do que chamamos de "lobo solitário". Onde a gestação de uma opinião e argumento, evoluem para o ódio. Ao ponto do humano, lobo solitário, abrir mão de qualquer coerência, civilidade, e animosidade do que chamamos de saúde mental e atacar a vida de um outro ser humano.

Vide a quantidade de tiros disparados que não atingiram com eficácia o principal alvo, Donald Trump. Mostra que não tinha nenhuma preparação e nem esperteza porque Trump não é um pobre, sem educação e sem status, onde você precisa disparar alguns tiros para através do medo domar aquele ser. É um ex-presidente e atual candidato. Logo, seguranças particulares, CIA e FBI estão em constante vigilância. 

Não pense você que atentados não existem de forma caseira. Veja a história americana com Abraham Lincoln e John Kennedy.

Agora quando falo de estratégia, me refiro ao jogo onde o potencial de qualquer especialidade atende o seu fim, por que seu "pulvis finis" é o poder. E este, vive a doença do anacronismo do apogeu da glória de uma postestade terrena. Onde o marketing político é a divindade pagã de qualquer inteligênica mercadológica da publicidade de construção da imagem.

Onde se utiliza o princípio básico de Maquiavel onde "os fins justificam os meios".

Neste jogo não é nenhuma novidade o uso de atentados, terrorismo e ameaças de uma forma geral que visa construir a narrativa do "perseguido" pelo adversário. No caso de Trump, seu adversário é a bizarrice do fantoche Biden que me questiono se não existem, dentro do jogo do xadrez do poder, uma outra persona melhor do que o senhor Biden que deveria está curtindo sua aposentadoria. 

Mas, voltando a realidade nua e crua do jogo político em que também se usa qualquer meio para gerar uma narrativa de comossão, que visa estruturar um atentado fictíco só para gerar o clamor público. Pois quando falamos de "eliminar" o adversário basta um tiro pelo maior sniper que o dinheiro possa comprar. Ou ações de envenenamento que a Rússia sempre se mostrou eficaz. Vamos pegar carona nesse ponto com a história do Brasil onde mortes ocorreram sem uma explicação convincente. Me refiro a Juscelino Kubitschek, Ulysses Guimarães e Eduardo Campos morto na eleição de 2014.

Saiba que é normal no jogo do poder, que está acima de um mero período eleitoral, abrir brecha para o inimigo para "justificar" o aniquilamento dele e tomar o seu território.

Longe de mim ser sensacionalista e afirmar que foi construído esse atentado. Estou falando do que acontece nesse jogo. Onde essa é uma velha arma para manipular a massa. Longe de mim descartar um atentado real de opositores. Tudo pode acontecer.

Mas, não nos esqueçamos o momento em que o império americano vive. E convenhamos que Biden não possui nenhum peito de aço para afrontar a China e a Rússia.

Já Trump, como boa parte da elite americana, vive a síndrome de Alexandre o Grande, da mesma forma que este vivia a síndrome de Aquiles.

"nos movamos contra os bárbaros e nos libertemos da submissão persa, já que como gregos nós não devemos ser escravos de bárbaros." Alexandre

Interessante que quando ele fala "submissão persa", ele fala de ninguém menos que Dario.

Ironicamente é o pensamento americano frente ao poderio chinês e ao ímpeto imperial de Putin da Rússia.

Se bem que os tempos mudaram. Onde a manutenção da Dinastia Argéada dependia mais da estratégia da força militar do que da força tecnológica. O que o tabuleiro do nosso século fez questão de mudar a proporção frente ao que a Providência determinou. Hoje não temos o "Bucéfalo" e suas cavalgadas mitológicas em nossa política (Bucéfalo foi o cavalo de Alexandre).

Por fim, o que este incidente revela, seja o acaso ou estratégia, é que o sistema é isso. Cabe você, cidadão comum do seu bairro, pensar na política como jogo de poder onde o tabuleiro está bem longe do que os nossos posts em rede social possa alcançar. Mas, vale ficar atento a esse sistema. Esse ano temos algo que influencia diretamente sua vida e da sua família: Eleição para prefeito e vereador. E, por falar em atentados, muitos acontecem na baixada fluminense do Rio de Janeiro nesse período.

Pense nisso.

Pedro Henrique Curvelo

Julho 2024

quinta-feira, 23 de maio de 2024

O Luto e Transcendência



Existe o momento da vida em que chamamos de luto.

Sem eufemismos são momentos onde enxergamos o fim, simplesmente.

Onde não existe esperança de recuperação, ressurreição, reencarnação ou probabilidades de uma interseção.

Simplesmente é o fim. O silêncio. O vazio. A realidade nua e crua.

Onde pequenas doses de dopamina só existem pelo reavivamento das memórias. Onde transitamos entre o choro e a matriz de um mundo paralelo de encontro ou vivência com aquilo que não existe mais. Que pode ser feito pela consciência ou com o auxílio de elementos como álcool, drogas ou jargões positivos e religiosos.

Um luto pode ser a morte de um pai presente e atuante que simplesmente deixa de existir por causa de um acidente.

Um grande amor que simplesmente se vai. Não por morte, mas por caminho diversos da vida. Onde se tenta resgatar doses de esperança de um retorno.

Mas, entre choro e esperança sem fundamentos, surge a transcendência no encontro com o fim.

Não como romantização ou sistema de compensação do luto. Mas, da compreensão de que o fim chegou.

Como se fosse um fantasma que aceita o fim e decide não interferir no que ainda é e evolui. Como o grande Mestre uma vez ensinou: "Deixe que os mortos enterrem os seus mortos".

A transcendência do prosseguir.

Onde se interrompe os sistemas de cobrança. Onde existe simplesmente ir e evoluir. Processo pelo qual o "vinho novo encontra odres novos".

Pense nisso.

Pedro Henrique Curvelo

Maio de 2024

domingo, 28 de abril de 2024

VOCÊ REALMENTE SABE O QUE É CONSCIÊNCIA DE CLASSE?

 


É normal em discussões sobre Capitalismo e Socialismo, ouvirmos a expressão “Consciência de Classe”. Principalmente em termos dos direitos do trabalhador e sua relação com os patrões.

O discurso sobre essa tal consciência acaba entrando mais em um terreno de jargões de sindicatos do que praticamente uma diretriz ou processo que o trabalhador pode seguir. Expressão essa originada no Marxismo e a Ditadura do Proletariado. Se bem que o próprio Karl Marx não dogmatizou esse conceito.

Por isso, quero dar um passo para trás dessa consciência de classe e focar na consciência de si.

O princípio é: Você precisa ter consciência de si, da sua realidade financeira e social e usar a política a seu favor.

Aqui o ponto de partida é individual. Não é atender pleitos de dirigentes sindicais, exigências dos patrões ou usufruir sem pensar dos benefícios sociais de um governo.

Quem você é?

É rico, pobre, branco, preto, deficiente físico e assim por diante.

Mora em que lugar?

Comunidade, condomínio fechado na Barra da Tijuca ou interior.

Sua realidade familiar. Como ela é?

Família tradicional. Família onde o pai abandonou. Casos de vícios, mortes ou tragédias.

Profissão. É professor, dentista, comerciante ou funcionário público.

A partir dessa consciência de quem você é, você deve então usar a política a favor dos seus interesses.

Seus Interesses

Sim! Seus interesses. Política é um jogo de poder de interesses. Você é prejudicado pela política porque os seus interesses não estão sendo representados.

Exemplo: Sou funcionário Público. Logo, preciso ter conhecimento de pautas legislativas e executivas que podem impactar a minha vida.

Pense nas grandes corporações que possuem os seus “lobistas” lutando pelos interesses em um determinado setor.

Integração de Interesses

Tendo consciência do que te impacta, ou impacta a sua área de atuação, você integra as suas necessidades com de outros. Seja por associações, clubes ou sindicatos.

Exemplo: Você mora em um determinado bairro e as ruas possuem uma precária sinalização de trânsito que impacta a sua vida e de seus filhos na hora de ir para a escola. Outros pais também tem a mesma necessidade que a sua, momento ideal para unir forças e fazer um pedido para a prefeitura, chamar alguém da imprensa. Sozinho dificilmente você irá conseguir. Só se você for um influenciador digital, mas um caminho é associação de moradores do seu bairro.

Seu bairro tem um? Tem, mas você não gosta. Não querer participar de uma associação de moradores é um direito seu. Mas, pessoas irão decidir por você. E o que escolherem, pode te impactar.

Pense fora da narrativa política

Política é um jogo de narrativas. Pare de sofrer porque o Bolsonaro falou isso ou porque Lula falou aquilo. Saiba que nossa estrutura política é superior a isso. E dependendo de quem você é e suas necessidades, um prefeito te impacta mais do que um presidente. Foque no concreto. O que está sendo tratado no legislativo e executivo. Fuja das distrações.

Uma maneira de fazer isso é entrar no site da Câmara dos Deputados, senadores, assembleias legislativas estaduais, câmara de vereadores e cadastrar o seu e-mail. Para receber o que está sendo votado. Ou cadastrar de um determinado político para saber o que ele está fazendo.

Não se deixe enganar por partidos de "direita" ou de "esquerda"

Aqui tem relação com o ponto anterior. A guerra de narrativas entre direita e esquerda, capitalismo e comunismo (que foge totalmente do sentido tradicional) pode te distanciar dos seus objetivos.

Exemplo: Você é um professor da área pública. De imediato você pensa que seus interesses serão atendidos pelo PT ou PSOL. Não necessariamente. Existem políticos que se prendem apenas ao teatro do discurso para gerar sensacionalismo. E de prático não fazem nada de concreto.

Outro exemplo engraçado são políticos que possuem discurso forte contra bandido e a criminalidade. Mas, nunca apresentaram um projeto de lei para tornar a legislação mais firme. Se vai ser votado ou não é outra história. Mas, apresentar um documento com uma proposta de lei, todo deputado pode.

Aí, nesse exemplo, você é assaltado ou alguém da sua família morre vítima de um crime. Você se revolta, mas na eleição vota em políticos que não trabalham em prol a essa pauta.

Ter consciência de si é o primeiro passo para a consciência de classe. Que possui várias facetas.

Você tem alguém na sua família com autismo? Então você precisa se juntar com pessoas que estão na mesma realidade que você. Participe de grupos com essa temática, produza conteúdos, siga artistas que falam sobre e vote em políticos que defendem qualidade de vida e direitos para os autistas. O político ganhou, nada foi feito. Na próxima eleição não vote nele. Simples assim.

Você é trabalhador e precisa andar de transporte público, ônibus e Uber. Essa é sua classe. Você precisa votar em vereadores que cobram a prefeitura por qualidade desses transportes. E não no miliciano que proíbe Uber no seu bairro para forçar você a pegar a van controlada por ele. Não vote nele. Mesmo que seu líder religioso diga que é um “homem de Deus”. Você não precisa falar que não irá votar nele porque pode ser arriscado, apenas não vote nele no momento da cabine da urna eletrônica. 

 Por fim, pense: O que vai acontecer se todos lutarem pelos seus interesses?

A resposta é: O jogo ficará mais equilibrado. Como no xadrez, se você não focar, apenas o outro irá ganhar. 

Hoje é desproporcional o conceito de equidade no jogo. Ainda na analogia do xadrez. É como se o outro jogador só tivesse Rainhas entre suas peças e você peões. Peão é limitado por natureza. Rainha tem mais oportunidade de movimento. Por isso que o peão precisa se esforçar para pegar alguns espaços que a Rainha tem ocupado. Se ele não se movimentar será comido. Simples assim.

Pense nisso.

Pedro Henrique Curvelo

Abril de 2024

sábado, 30 de março de 2024

NOSSA IDENTIDADE COMO NAÇÃO

 



Somos filhos da cultura grego-romana. 

Beatificada pela sobrevivência romana com incrementos cristãos da revolução social de um grupo de seguidores de um judeu chamado Jesus.

Em nosso DNA está o despertar do Iluminismo. Onde homens se tornam deuses. Onde nossos amores se convertem em valquírias. Onde nosso cristianismo se torna purificado de qualquer interferência palestina, árabe e africana. Onde a intervenção do Sagrado ou de forças extraterrestres respaldou a exclusividade da verdade e o direito ao domínio.

Amamos nossa terra. Mas, pisamos sem dó nos filhos da mãe brasilis. Com o perdão da semântica, foda-se se o filho é um ianomâmis, carajás, caiapós, tupis, caingangues, guaranis, uaimiris ou xavantes. Não importa. Afinal, o suicídio de uma mãe indígena para não ser escravizada pelos portugueses ou estuprada pelos Bandeirantes só é ouvido pela mata da natureza brasilera. Um emergente na Barra da Tijuca não consegue ouvir. Muito menos um playboy de Balneário Camboriú.

Quanto aos nossos negros, antigas propriedades, antigos motores da nossa economia, estupramos a mãe africana e fingimos que uma assinatura apaga o débito da força trabalhadora. Por ironia, sempre se escreveu que o princípio bíblico é que a Providência sempre disse que “digno é o trabalhador do seu salário”. Não diferente, o sangue da nossa terra clama por justiça. Quem ouvirá? Eu? Você? Um poder temporário de quatro anos? O Divino? Uma marchinha de carnaval? Mas sendo Divino em qual teologia que o respalde?

Enquanto vivemos nossa agitação mental de valores e cultura, seguimos. Quem sabe um dia poderemos casar com a princesa filha da mãe África. E honrar seus ancestrais. Que pelos seios maternos, filhos dos barões do café foram alimentados. Honrar as mãos que trabalharam e que durante a noite, como castigo, ficavam presas na mesma altura que seus tornozelos em um chão de terra.

Eles não conseguiam ouvir, mesmo tendo suas senzalas embaixo das salas de jantares. Entre suas porcelanas tinham o canto e o toque do piano na Grande Casa. E hoje não escutamos também. Nosso burrice é tão tamanha como nação que nos assustamos com o holocausto durante o nazismo, mas esquecemos da nossa própria terra. Seja no passado ou atual dois séculos como os centros psiquiátricos. Sim! Nossa Barbacena em Minas foi um pedaço da nossa Auschwistz.

Alguns por surdez intelectual. Outros por puro egoísmo. Outros por culpar o álcool ao ouvir alguma voz ou energia de protesto quando visitam alguma fazendo do antigo Vale do Paraíba (fazendas históricas no Rio durante o período imperial). Culpam o alambique ou se refugiam em algum psicotrópico para calar a voz da verdade.

Mas, seguimos. Quem sabe um dia o filho da mãe brasilis honrará o ventre da princesa africana. Dará alívio aos nossos doentes mentais (viva a memória de Nise da Silveira!). Quem sabe julgará a causa das vozes que clamam por justiça diante das ruínas que estrangeiros visitam no nosso Brasil.

 

Pense nisso!

 

Pedro Curvelo

Março 2023