Pense que pedras na mochila simbolizam os problemas que carregamos. Problemas que nós geramos, como decisões erradas, ou aqueles impostos pela vida como um trauma, morte e desgraça familiar. Ou seja, que fogem do nosso controle.
Pense que você tem três opções: Fingir que não tem peso nas suas costas e tentar andar ereto, mesmo tendo uma escoliose psicológica; reconhecer as pedras e ficar se martirizando, usando-as para se autoflagelar; ou reconhecer as pedras, aceitar as feridas ocasionadas e joga-las foras. Pelo menos aquelas que são possíveis.
Pense que isso exige trabalho e autorresponsabilidade. Exige ficar em silêncio e se olhar no espelho. Trabalhar a pedra bruta com as ferramentas dispostas no seu interior.
Pense que a vida não é uma utopia da leveza. Mas, podemos deixar a mochila mais leve. Existem pedras que você não precisa carrega. Mas fulano disse..., mas na minha família..., mas minha religião... Acorde! Algumas pedras não são suas.
Pense em tirar as pedras que são possíveis de tirar do caminho e adube a terra. As que não são possíveis de tirar, aceite. Você não é um super homem.
Pense que algumas pedras, apesar do incomodo, você não precisa necessariamente joga-las fora. Pode usa-las como arma para derrubar algum gigante da vida. Pense em Davi no conflito com Golias. Uma pedra pode ser uma lápide em um túmulo ou uma arma que te faz avançar.
Pense em cuidar das pedras necessárias que estão na sua vida. Trabalhe elas para que sirvam como pedra angular para a construção da sua vida.
Pense na mitologia de Sísifo que foi punido pelos deuses para empurrar uma pedra até o alto de uma montanha, e quando chegava no cume, uma força o empurrava até o ponto de partida.
Pense com essa história que o mundo é cruel e injusto. Que essa verdade possa gerar em você revolta e um desejo de tentar novas formas. Haverá garantia que conseguirá? Não sabemos. Mas insistir em um caminho e em uma única forma não faz sentido se não tem gerado resultado. Alguns irão questionar: Mas e a esperança?
Pense, por fim, que a esperança tem que existir no objetivo de chegar no cume da montanha. Esse é o fim. O resto é o meio. Logo, podem ter várias alternativas. Não se prenda ao complexo. Tem momentos que a riqueza está no que é simples.
Pense nisso.
Pedro Henrique Curvelo
Fevereiro de 2023
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