quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
O RITO SAGRADO DA VIDA
Dois lados de um único Ser
De um lado o Som do Mar
Do outro, o som da estrada
Tem dias que sou atraído pela profundeza do mar e seus mistérios
Tem dias que sou perturbado pela agressividade e velocidade da estrada
Eu paro e penso
Estou acostumado com o asfalto, mas o meu coração está no mar
O vejo de longe
O vejo de perto
Coloco os meus pés e me entrego
Tento boiar e me acalmar
Mas o medo faz com que eu afunde. Sou confundido ao associar a agitação das águas com a estrada.
Foi então que eu entendi
Tudo é conduzido pelo vento
O segredo é assentar na calçada. Um pé na areia, outro na estrada
O vento da estrada é produzida pelos seus objetos. Mas ali não é o vento natural
O natural escuto na areia. Que me seduz para o mar. Quando mergulho, entendo: é dentro da agitação do vento nas águas que encontro a calmaria do silêncio
Este mergulho me capacita e estrutura para conduzir o rito sagrado da vida.
Pedro Henrique Curvelo
Janeiro de 2013
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