quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
O medo que Lucas tinha da Escuridão e do Silêncio
Lucas uma vez me falou que tinha medo do escuro. Dizia que o coração batia mais forte e que via fantasmas.
Lucas também me disse que tinha medo de ficar sozinho. O silêncio o atormentava.
Certo dia Lucas fechou os olhos e ficou perturbado. Até sua respiração lhe causava pânico.
Falei para Lucas que é na escuridão que vemos a Luz. Ele riu...rs
Lucas não entendia que é fechando os olhos que as lamparinas da alma são acesas. A partir desse momento, podemos ver o Caminho nas veredas da alma.
Falei para Lucas que ficar em silêncio era retirar as estacas que seguram a parede da alma e deixa-la tremer e ruir. O silêncio é a entrega, a mortificação. A vida nasce quando a casca de ovo quebra de dentro para fora, e não o contrário.
O silêncio é a energia do renovo, de uma nova era.
Na escuridão e no silêncio. O espírito humano se desnuda e comunga com o Espírito daquele que é o grande Eu Sou. Tudo isso no ambiente místico da Fé.
Quem ler, que entenda.
Pedro Henrique Curvelo
Janeiro de 2013
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
A ÚLTIMA DANÇA! Uma reflexão sobre a tragédia em Santa Maria - RS
Esta será a nossa última dança! Disse Jonas para Letícia.
A vida é breve e imprevisível. Tem momentos que foge dos trilhos da lógica. Mesmo assim, seguimos sua direção por estações esperadas e inesperadas.
Somos jovens, Letícia!
A noite será a nossa eternidade. Faremos do momento da nossa paixão um instante apenas.
Jonas e Letícia dançaram, beberam e se beijaram. O amanhã não haverá para eles. Projetos de uma juventude saudável serão abortados.
Eles viveram o fogo da paixão.
Esse fogo não consome, não causa pânico e nem dor.
Sobre as labaredas do coração eles colocaram suas vidas. Ao mesmo tempo em que o fogo ocorria pela boate.
A música parou! Mas eles continuaram cantando. Era a música do primeiro encontro deles. Apenas escutavam. Enquanto isso, o som propagado pela boate era de desespero.
Um último beijo e o adeus. Anjos apareceram e o levaram para um outro caminho. Um caminho onde a dança não acabará.
A vida é bela, mas tem momentos onde crateras se abrem e com uma gula furiosa engolem vidas de forma agressiva.
Jonas e Letícia estão no mundo da ficção. Mas, no mundo real a última dança aconteceu para:
Alan Rembem de Oliveira
Alexandre Anes Prado
Alex Giacomelli
Alisson Oliveira da Silva
Allana Willers
Ana Carolini Rodrigues
Ana Paula Rodrigues
Ana Paula Anibaleto dos Santos
André Cadore Bosser
Andressa Roaz Paz
Andressa Thalita Farias Brissow
Andrieli Righi da Silva
Andrise Farias Nicoletti
Ângelo Nicolosso Aita
Ariel Nunes Andreatta
Augusto Cesar Neves
Augusto Malezan de Almeida Gomes
Augusto Sergio Krauspenhar da Silva
Benhur Retzlaff Rodrigues
Bernardo Carlo Robe
Bibiana Berleze
Brady Adrian Gonçalves Silveira
Bruna Brondani Pafhalia
Bruna Camila Graeff
Bruna Karoline Gecai
Bruno Kraulich
Camila Cassulo Ramos
Carlitos Chaves Soares
Carolina Simões Corte Real
Cássio Garcez Biscaino
Cecília Soares Vargas
Clarissa Lima Teixeira
Crisley Caroline Saraiva Freitas da Palma
Daniel Knabbem da Rosa
Daniel Sechim
Daniele Dias de Mattos
Danilo Brauner Jaques
Danriei Darin
David Santiago de Souza
Débora Chiappa Forner
Deives Marques Gonçalves
Diego Comim Silvéster
Dionatham Kamphorst Paulo
Douglas da Silva Flores
Elizandor Oliveira Rolin
Emerson Cardoso Pain
Erika Sarturi Becker
Evelin Costa Lopes
Fábio José Cervinski
Fernanda de Lima Malheiros
Fernanda Tischer
Fernando Michel Devagarins Parcianello
Fernando Pellin
Flávia Decarle Magalhães
Geni Lourenço da Silva
Gilmara Quintanilha Oliveira
Giovane Krauchemberg Simões
Greicy Pazzini Bairro
Guilherme Fontes Gonçalves
Guino Ramom Brites Burro
Gustavo Ferreira Soares
Heitor Teixeira Gonçalves
Helena Poletto Dambros
Helio Trentin Junior
Henrique Nemitz Martins
Herbert Magalhães Charão
Igor Stefhan de Oliveira
Ilivelton Martins Koglin
Isabela Fiorini
Ivan Munchem
Jacob Francisco Thiele
Jaderson da Silva
Janaina Portella
Jéssica Almeida Kongen
João Aluisio Treuliebe
João Carlos Barcellos Silva
João Paulo Pozzobom
João Renato Chagas de Souza
José Luiz Weiss Neto
José Manoel Rosa da Cruz
Juliana Moro Medeiros
Juliana Oliveira dos Santos
Juliana Sperone Lentz
Juliano de Almeida Farias
Karen Fernanda Knirsch
Kelen Aline Karsten Favarin
Kellen Pereira da Rosa
Kelli Anne Santos Azzolin
Larissa Hosbach
Lauriani Salapata
Leandro Avila Leivas
Leandro Nunes da Silva
Leonardo de Lima Machado
Leonardo Lemos Karsburg
Leonardo Machado de Lacerda
Leonardo Schoff Vendrúsculo
Letícia Vasconcellos
Lincon Turcato Carabagiale
Louise Victoria Farias Brissow
Luana Behr Vianna
Luana Faco Ferreira
Lucas Fogiato
Lucas Leite Teixeira
Luciane Moraes Lopes
Luciano Ariel Silva da Silva
Luciano Tagliapetra Esperidião
Luiz Antonio Xisto
Luiz Carlos Ludin de Oliveira
Luiz Eduardo Viegas Flores
Luiz Felipe Balest Piovesan
Luiz Fernando Riva Donate
Luiz Fernando Rodrigues Wagner
Luiza Alves da Silva
Maicon Afrolinario Cardoso
Maicon Douglas Moreira Iensen
Maicon Francisco Evaldt
Manuele Moreira Passamane
Marcelo de Freitas Salla Filho
Marcos André Rigoli
Marfisa Soares Caminha
Mariana Comassetto do Canto
Mariana Machado Bona
Mariana Moreira Macedo
Mariana Pereira Freitas
Marilene Iensen Castro
Marina de Jesus Nunes
Marina Kertermann Kalegari
Martins Francisco Mascarenhas de Souza Onofre
Marton Matana
Matheus Pacheco Brondani
Mauricio Loreto Jaime
Melissa Bergemeier Correia
Melissa do Amaral Dalforno
Michele Dias de Campos
Micheli Froehlich Cardoso
Miguel Webber May
Mirella Rosa da Cruz
Murilo de Souza Barone Silveira
Murilo Garcez Fumaco
Natana Pereira Canto
Natascha Oliveira Urquiza
Natiele dos Santos Soares
Odomar Gonzaga Noronha
Otacílio Altíssimo Gonçalves
Patrícia Pazzini Bairro
Paula Batistela Gatto
Paula Simone Melo Prates
Pedro de Oliveira Salla
Pedro Morgental
Rafael de Oliveira Dorneles
Rafael Dias Ferreira
Rafael Paulo Nunes de Carvalho
Rafael Quilião e Oliveira
Rafaela Schimidt Nunes
Raquel Daiane Fischer
Rhaissa Gross Cúria
Rhuan Scherer de Andrade
Ricardo Custódio
Ricardo Dariva
Ricardo Stefanello Piovesan
Robson Van der Hahn
Rodrigo Belling Hausen Bairros Costa
Roger Barcellos Farias
Roger Dallanhol
Rogério Cardoso Ivaniski
Rogério Floriano Cardoso
Rosabe Fernandes Rechermann
Ruan Pendenza Callegari
Sabrina Soares Mendes
Sandra Victorino Goulart
Shaiana Tauchem Antoline
Silvio Beurer Junior
Stefane Posser Simeoni
Suziele Cassol
Tailan Rembem de Oliveira
Taís da Silva Scaplin de Freitas
Taize Santos dos Santos
Tanise Lopes Cielo
Thais Zimermann Darif
Thanise Correa Garcia
Thiago Amaro Cechinatto
Tiago Dovigi Cegabinaze
Uberafara Soares Bastos Junior
Vagner Rolin Marastega
Vandelcork Marques Lara Junior
Vanessa Vancovicht Soares
Victor Datria Mcagnam
Victor Martins Shimitz
Vinicios Greff
Vinicios Paglnossim de Moraes
Vinicius Silveira Marques de Mello
Vinissios Montardo Rosado
Vitória Dacorso Saccol
Walter de Mello Cabistani
Andressa Ferreira Flores
Andressa Inaja de Moura Ferreira
Bárbara Moraes Nunes
Bruna Eduarda Neu
Carlos Alexandre dos Santos Machado
Cristiane Quevedo da Rosa
Daniela Betega Ahmad
Dulce Raniele Gomes Machado
Emili Contreira Ercolani
Ericson Ávila dos Santos
Felipe Vieira
Flávia Maria Torres Lemos
Franciele Soares Vargas
Francielli Araujo Vieira
FrancileVizioli
Gabriela Corcine Sanchotene
Gabriela dos Santos Saenger
Heitor Santos Oliveira Teixeira
Jennefer Mendes Ferreira
Julia Cristofali Saul
Larissa Terres Teixeira
Leandra Fernandes Toniolo
Letícia Ferraz da Cruz
Letícia Baú
Luiza Batistella Puttow
Maria Mariana Rodrigues Ferreira
Matheus de Lima Librelotto
Matheus Engert Rebolho
Merylin de Camargo dos Santos
Monica Andressa Glanzel
Neiva Carina de Oliveira Marin
Pâmella de Jesus Lopes
Paula Porto Rodrigues Costa
Priscila Ferreira Escobar
Sandra Leone Pacheco Ernesto
Taise Carolina Vinas Silveira
Viviane Tólio Soares
Que o Eterno receba esses jovens no seio de Abraão. Que os familiares e amigos sejam consolados.
Pedro Henrique Curvelo
Janeiro de 2013
Em Luto
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
O RITO SAGRADO DA VIDA
Dois lados de um único Ser
De um lado o Som do Mar
Do outro, o som da estrada
Tem dias que sou atraído pela profundeza do mar e seus mistérios
Tem dias que sou perturbado pela agressividade e velocidade da estrada
Eu paro e penso
Estou acostumado com o asfalto, mas o meu coração está no mar
O vejo de longe
O vejo de perto
Coloco os meus pés e me entrego
Tento boiar e me acalmar
Mas o medo faz com que eu afunde. Sou confundido ao associar a agitação das águas com a estrada.
Foi então que eu entendi
Tudo é conduzido pelo vento
O segredo é assentar na calçada. Um pé na areia, outro na estrada
O vento da estrada é produzida pelos seus objetos. Mas ali não é o vento natural
O natural escuto na areia. Que me seduz para o mar. Quando mergulho, entendo: é dentro da agitação do vento nas águas que encontro a calmaria do silêncio
Este mergulho me capacita e estrutura para conduzir o rito sagrado da vida.
Pedro Henrique Curvelo
Janeiro de 2013
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
PAI, QUEM CUIDARÁ DELES?
Pai! Quem cuidará deles?
Isolados eles vivem mesmo estando acompanhados.
Uns nasceram assim, outros foram acometidos pela vida. A vida também tem sua faceta de crueldade.
São crianças, jovens, adultos e velhos. Para a sociedade "normal", são apenas loucos.
Oh, Pai! Muitos poderiam viver melhor hoje, mas sofreram bullying, foram abusados ou sofreram qualquer outro tipo de trauma.
Não conseguiram vencer o mundo com a sua pressão.
Ali eles estão, isolados. Cada uma em seu mundo, cada um com a sua dor, cada um com os seus fantasmas.
Constroem um mundo paralelo com sistemas, se são ameaçados, sofrem.
Muitos escutam vozes, vêem o que ninguém ver, sentem medo. Medo que ninguém pode acalmar. Remédios parece que não matam fantasmas, apenas os escondem atrás da cortina.
Quem pode matar um fantasma?
Amparo eles precisam! Mas do governo, da sociedade e de alguns dos seus familiares foram abandonados.
Que da escuridão, eles encontrem a luz que traz a lucidez.
Que do frio eles encontrem a luz do sol.
Quem do tormento, encontrem silêncio.
Que nas câmaras da mente, que ninguém consegue penetrar, que encontrem a Paz. Esta que excede a todo pensamento, que guarda a mente e o coração. Amém!
Em lágrimas
Pedro Henrique Curvelo
Janeiro de 2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
SEJA VOCÊ!
Seja homem, mas não confunda o "ser macho" com brutalidade.
Seja firme com a sua opção sexual. Mas não utilize a sua escolha sexual como bandeira ativista. Não é necessário um megafone para gritar: " eu gosto de meninos ou de meninas".
Seja religioso. Mas não utilize os dogmas da sua religião para denominar como demoníaco algo que é simplesmente diferente do que você acredita. Não instaure uma guerra santa contra os gays, "macumbeiros" ou contra qualquer grupo. Lembre-se que Deus não precisa de "milicianos do reino". Ele deseja discípulos.
Seja ateu, mas não utilize sua incredulidade para se achar mais inteligente do que aquele que acredita em algo.
Seja trabalhador, mas não permita que sua saúde seja prejudicada e suas relações destruídas.
Seja idiota, mas não culpe o outro pelo seu fracasso.
Seja romântico, mas não permita que a utopia cegue e te deixe todas as noites sozinho de frente para o espelho.
Seja independente, mas não se isole. Você sempre vai precisar de amigos, família, companheiro (a) e de um cachorro.
Seja rico, mas não se torne um besta.
Seja gostosa, freqüente academia e se vista bem. Mas invista em cultura e educação também, para que você não se torne refém do próprio corpo.
Por fim, seja você. Seja um humano equilibrado, pois o mundo precisa desse seu jeito de ser para ter harmonia.
Pedro Henrique Curvelo
Janeiro de 2013
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
RELÂMPAGOS E TROVÕES - Agressividade e quietude
Entre relâmpagos e trovões
O meu EU se coloca como ponto diante do círculo invisível do Universo.
Reaviva o conceito de fragilidade e temporalidade diante da grandeza da Mãe Natureza.
Esta, que se coloca como oráculo, sentinela que nos alerta dos perigos da agressividade da nossa natureza humana.
A chuva cai. Tentando despertar toda mente cauterizada pelas agitações e preocupações do mundo.
O Vento vem, como sempre, com seu mistério. Nos conduzindo com o seu som à quietude e bonança na alma. O vento sopra dos quatro cantos da terra, limpando a mente, tornando-a vazia. Ponto zero, retrocesso, por fim, progresso.
Ele um dia ensinou que devemos aprender com a natureza. Refugiar a essência do ser na caverna do mistério. Ouvir o que o silêncio tem a dizer.
Relâmpagos e trovões! Representatividades naturais dos processos da evolução da Alma: Agressividade e quietude.
Pedro Henrique Curvelo
Janeiro de 2013
sábado, 5 de janeiro de 2013
Anjos e Demônios. Ou simplesmente, você!
Anjos e demônios moram em cada um de nós. Não uma legião de seres que se digladiam entre o bem o mal, mas apenas um ser, o seu ser que se sustenta em uma dualidade: A angelical e a satanizada.
Nesse caminho que chamamos de vida é imperativo o encontro com esse ser. Essa demanda fica mais complexa, principalmente, no mundo que vivemos, onde tudo é rápido, agitado e para ontem.
Se o homem erra ao passar sua vida só alimentando a luxúria do exterior, erra também na forma que utiliza para encontrar o seu interior.
Aqui vale um princípio muito importante: O caminho do autoconhecimento só é saudável quando guiado pela própria consciência.
Com isso quero dizer: Sem ajuda de nenhum tipo de droga ou magia. Seja o nome que for. Se não for um ato do consciente (autognose), é apenas brincar com uma boia na piscina da alma.
Sua alma é um oceano onde no fundo existe uma beleza natural, mas também existem monstros. Logo, mergulhar é um processo devagar.
Se você mergulha muito depressa dentro do seu interior, encontrará vertigem e loucura. Encontrará um ápice de euforia com a adrenalina a mil por hora, mas com a mesma velocidade, será jogado para um vazio depressivo. Cuidado!
Como Jung uma vez disse: "A viagem rumo ao próprio Centro, devido a estas contradições, pode ser mais perigosa e longa do que a viagem à lua e às estrelas"
Tudo é um processo constituído de várias etapas. Uma outra comparação que podemos usar é a do arqueólogo. Se vai explorar o interior de um determinado sítio arqueológico, ele não joga uma dinamite, ele vai cavando aos poucos e o que encontra, não julga logo se é útil ou não. Ele trabalha com fragmentos, para que então, no silêncio, possa construir a verdade.
O autoexame é também cavar aos poucos. Quando surge uma intuição, sonho, ideia ou vulto, não descarta. Entra no silêncio, apura e consolida.
Dessa forma, incentivo você a descobrir o seu interior. Com calma e em silêncio. Não cortando as asas de nenhum "anjo" ou aprisionando algum "demônio", mas trazendo coexistência e equilíbrio entre eles.
Pedro Henrique Curvelo
Janeiro de 2013
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