Judas, após trair Jesus, percebeu a burrada que fez e com a consciência pesada do seu erro, compartilha com os líderes religiosos sua confissão e arrependimento, tentando ver se eles compartilhavam do mesmo sentimento. Mas, a resposta deles foi:
"O que temos com isso? Isso é teu assunto."
Depois de ouvir isso, Judas saiu da presença deles e cometeu suicídio.
Essa passagem revela uma verdade que devemos levar em consideração:
O mundo não quer saber dos seus problemas. Por isso, não tente transferir para ele a responsabilidade da sua vida.
Se você transfere a gestão da sua vida para o outro, você assume a condição de vítima. Logo, se algo não deu certo na sua vida, a culpa foi do outro. Exemplo:
"Nunca evolui na vida profissional, porque aquela empresa ou chefe nunca me reconheceu. Nessa empresa estou a nove anos e continuo no mesmo cargo"
"Nunca fui feliz na vida sentimental porque fulano me largou. E isso já tem uns 10 anos."
São exemplos que mostram que a percepção é que a culpa é sempre do outro. Judas compartilhou aquele sentimento, pensando que alguém iria assumir aquela demanda, o que não aconteceu.
Quando se depende do outro, podemos ver os seguintes discursos:
"Se fulano fizer certo, eu faço."
"Se me tratar bem, eu trato."
"Se ele focar nesse objetivo, eu foco também.”
“Se ele sair fizer esse concurso, eu faço também.”
Logo, o princípio que aprendemos é:
Para ter uma vida saudável você não deve transferir a gestão dela para o outro, como também, você não deve gastar energia cuidando de uma vida que não é sua.
É o que mostra em outra passagem do evangelho onde Pedro pergunta para Jesus o que seria da vida de João. Jesus curto e direto ao dizer que isso não importa a Pedro. E ainda o exortou dizendo que o seu foco deveria o cuidar da própria vida, o de seguir o seu próprio caminho. Sem se intrometer na vida de João.
O que Jesus mostra é que o caminho é individual. Sendo individual, eu não sou fiscal do meu próximo, que fica monitorando se o outro está fazendo certo ou errado, que observa de forma invejosa os novos acontecimentos da vida do outro e diz:
"Vi no Facebook que João casou com Maria. Que mulher feia!”
"João comprou um carro e tá se achando."
"João tem uma vida fútil, só vive comprando coisas caras e viajando."
"João se separou de novo.”
Quando não é pela ótica da inveja é pela ótica do cuidado extremo. Exemplo: uma mulher que gasta sua vida para cuidar dos filhos que já são maiores de idade.
Enfim, são diversos exemplos, onde a pessoa não vive, porque assiste a vida do próximo como se fosse capítulo de novela. Ou então, é a pessoa que quer carregar os problemas de todo mundo, quer resolver tudo e de todos, quer resolver o problema do pai, da mãe, do irmão, do papagaio, do vizinho, da igreja, no trabalho quer resolver demandas de outros departamentos... Ufa!!!!!!!!!!!!!!!!
NÃO TEM SER HUMANO QUE AGUENTE ESSE RITMO.
Aí quando vai perceber, não teve tempo de resolver os próprios problemas. Cuidou tanto da vida do outro que não teve tempo para cuidar de si mesmo
Amigos! A Cruz é individual! É imperativo cada um carregar a sua. Mas, querer carregar dos outros se torna insustentável. Ou seja, querer resolver o problema de todo mundo, como falei, não tem estrutura humana que aguente.
Pense nisso! Cuide da sua vida! Não queira ser herói e vítima do outro.
Pedro Henrique Curvelo
Março de 2012
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