domingo, 27 de novembro de 2011
COMO VIVER OS DOIS ÂMBITOS DA FÉ?
O que é a Fé? De uma forma simples podemos entender a fé como ação. Tudo bem que existe uma definição teológica com o seguinte conceito: “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem” (Hb 11).
Mas na prática ela é esclarecida através da ação (Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma – Tg 2:17), do correr o risco, da intuição, enfim, do fazer e ver no que vai dar.
Exemplo: uma pessoa que deixa a zona de conforto da sua cidade, família e emprego. Larga tudo para tentar a vida em outro país que não conhece ninguém. Isso é fé. É arriscar.
Mas existe outro nível da fé que é o arrependimento. Esse âmbito é o mais difícil.
Pois, este significa abrir mão de algo considerado precioso, renunciar uma prática ou pensamento por causa de Deus ou de um princípio. Ou seja, por causa de outra pessoa ou causa, eu tomo uma ação. Para o bem do outro, não necessariamente o meu.
Veja que na primeira eu tomo uma ação por ganho próprio. "Em dentro de cinco (5) anos vou trabalhar o máximo para comprar minha casa própria". Perfeito! Isso é um alvo que, conquistando, irá ser proveitoso para você.
Deus valoriza isso também! Uma pessoa que acredita em si mesma, que corre atrás dos seus objetivos. É louvável diante de Deus.
Mas, o outro âmbito, Deus também quer que você desenvolva da mesma forma. O de abrir mão de algo por causa de um princípio espiritual.
Quando Jesus cura o paralítico (Mateus 9) trazido por um grupo de amigos, Jesus valoriza a fé dos amigos. Pois, tomaram uma atitude. Tinham uma necessidade (o amigo paralítico), viram uma possibilidade, ou seja, plano de ação (Jesus cura) e tomaram uma atitude (levar até Jesus não importando o obstáculo). Mas para o paralítico, Jesus ensina a fé do arrependimento: "seus pecados estão perdoados". Isto é, em um evento dois âmbitos da fé foram necessários.
Diante desse assunto, meu amigo leitor, desenvolva sua fé no primeiro âmbito: tenha alvos (emprego, curso, casa própria, casamento, comprar algo). Tome ações que irão gerar resultados.
Mas, desenvolva o outro âmbito também, o do arrependimento. Abra mão daquilo que a sua consciência diz que não é a vontade de Deus. Aquilo que irá ferir o seu conjunto de princípios.
Viva os dois âmbitos da fé! Dessa forma, sua vida será mais saudável.
Pedro Henrique Curvelo
Novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
UM HOMEM, DUAS MULHERES
Um olhar de desejo, um olhar de paixão.
Se forem os olhos a candeia do corpo, então carrego dentro de mim a dualidade paradoxal entre o desejo e o amor.
Tem momentos que penso que foi por isso que Deus criou o homem com dois olhos, a coexistência do yin yang.
Da projeção do horizonte contemplei o seu cabelo. Tão sacro e belo que Medusa iria solicitar um duelo.
Seu rosto angelical me trouxe avidez em viver, explorar cada instante.
Sou eu um amante... Sou eu um sonhador.
Mas e a outra? Versão feminina de Jano. Com seu corpo desperta volúpia, a única que pertence aos homens da “terra”. Desejar-te agita um vulcão que quer um momento, quer um gozo e quer um fim. Do singular o limiar. O mergulho que leva a morte. Por qual motivo não desejar? Será que a morte não é uma premissa para a vida?
Diante das duas, sou apenas um.
Sou anjo para uma, demônio para a outra. Enfim, sou Um Humano.
Pedro Henrique Curvelo
Novembro de 2011
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