domingo, 14 de julho de 2024

A Síndrome de Alexandre o Grande. O acaso e a estratégia sobre o atentado de Donald Trump



O atentado de Trump na campanha eleitoral nos revela o acaso em uma relação oculta com a estratégia de um jogo temporal humano. O que chamamos de política.

Aqui, antes de prosseguir, gostaria que você abrisse mão, ou pelo menos fingisse menos influência, dos seus conceitos, "pré-conceitos" que formam conclusões e reflita sobre os meandros dessa retórica.

Quando chamo o atentado de Trump de acaso, me refiro a fatalidades da vida que podem ser oriundas do que chamamos de "lobo solitário". Onde a gestação de uma opinião e argumento, evoluem para o ódio. Ao ponto do humano, lobo solitário, abrir mão de qualquer coerência, civilidade, e animosidade do que chamamos de saúde mental e atacar a vida de um outro ser humano.

Vide a quantidade de tiros disparados que não atingiram com eficácia o principal alvo, Donald Trump. Mostra que não tinha nenhuma preparação e nem esperteza porque Trump não é um pobre, sem educação e sem status, onde você precisa disparar alguns tiros para através do medo domar aquele ser. É um ex-presidente e atual candidato. Logo, seguranças particulares, CIA e FBI estão em constante vigilância. 

Não pense você que atentados não existem de forma caseira. Veja a história americana com Abraham Lincoln e John Kennedy.

Agora quando falo de estratégia, me refiro ao jogo onde o potencial de qualquer especialidade atende o seu fim, por que seu "pulvis finis" é o poder. E este, vive a doença do anacronismo do apogeu da glória de uma postestade terrena. Onde o marketing político é a divindade pagã de qualquer inteligênica mercadológica da publicidade de construção da imagem.

Onde se utiliza o princípio básico de Maquiavel onde "os fins justificam os meios".

Neste jogo não é nenhuma novidade o uso de atentados, terrorismo e ameaças de uma forma geral que visa construir a narrativa do "perseguido" pelo adversário. No caso de Trump, seu adversário é a bizarrice do fantoche Biden que me questiono se não existem, dentro do jogo do xadrez do poder, uma outra persona melhor do que o senhor Biden que deveria está curtindo sua aposentadoria. 

Mas, voltando a realidade nua e crua do jogo político em que também se usa qualquer meio para gerar uma narrativa de comossão, que visa estruturar um atentado fictíco só para gerar o clamor público. Pois quando falamos de "eliminar" o adversário basta um tiro pelo maior sniper que o dinheiro possa comprar. Ou ações de envenenamento que a Rússia sempre se mostrou eficaz. Vamos pegar carona nesse ponto com a história do Brasil onde mortes ocorreram sem uma explicação convincente. Me refiro a Juscelino Kubitschek, Ulysses Guimarães e Eduardo Campos morto na eleição de 2014.

Saiba que é normal no jogo do poder, que está acima de um mero período eleitoral, abrir brecha para o inimigo para "justificar" o aniquilamento dele e tomar o seu território.

Longe de mim ser sensacionalista e afirmar que foi construído esse atentado. Estou falando do que acontece nesse jogo. Onde essa é uma velha arma para manipular a massa. Longe de mim descartar um atentado real de opositores. Tudo pode acontecer.

Mas, não nos esqueçamos o momento em que o império americano vive. E convenhamos que Biden não possui nenhum peito de aço para afrontar a China e a Rússia.

Já Trump, como boa parte da elite americana, vive a síndrome de Alexandre o Grande, da mesma forma que este vivia a síndrome de Aquiles.

"nos movamos contra os bárbaros e nos libertemos da submissão persa, já que como gregos nós não devemos ser escravos de bárbaros." Alexandre

Interessante que quando ele fala "submissão persa", ele fala de ninguém menos que Dario.

Ironicamente é o pensamento americano frente ao poderio chinês e ao ímpeto imperial de Putin da Rússia.

Se bem que os tempos mudaram. Onde a manutenção da Dinastia Argéada dependia mais da estratégia da força militar do que da força tecnológica. O que o tabuleiro do nosso século fez questão de mudar a proporção frente ao que a Providência determinou. Hoje não temos o "Bucéfalo" e suas cavalgadas mitológicas em nossa política (Bucéfalo foi o cavalo de Alexandre).

Por fim, o que este incidente revela, seja o acaso ou estratégia, é que o sistema é isso. Cabe você, cidadão comum do seu bairro, pensar na política como jogo de poder onde o tabuleiro está bem longe do que os nossos posts em rede social possa alcançar. Mas, vale ficar atento a esse sistema. Esse ano temos algo que influencia diretamente sua vida e da sua família: Eleição para prefeito e vereador. E, por falar em atentados, muitos acontecem na baixada fluminense do Rio de Janeiro nesse período.

Pense nisso.

Pedro Henrique Curvelo

Julho 2024