Em toda a história sempre a figura do líder existiu. A sociedade humana só evolui graças à regência dos líderes. O dia que essa figura desaparecer, a sociedade irá regredir. O ser líder é uma especialidade que envolve mais a inteligência emocional do que técnico. O verdadeiro líder pode até não ter um determinado conhecimento de forma aprofunda, mas é capaz de conduzir e coordenar aqueles que têm.
Dentro de uma corporação é possível visualizar uma diversidade de interesses. Eles são: individuais, coletivos e corporativos. Podemos entender os individuais aqueles que colocam a sua ambição em primeiro lugar. Tal atitude pode transgredir até o campo ético para tirar algum tipo de ganho.
Nos interesses coletivos, é possível visualizar departamentos constantemente fazendo “gol contra”. Isso acontece quando uma diretoria se levanta contra outra diretoria, dificulta os insumos para um determinado projeto ou coloca uma barreira em um determinado fluxo de processo.
Os interesses corporativos são aqueles declarados na missão e visão da empresa e nas metas acordadas com os acionistas. Como é abstrato, dificulta a regência nos objetivos estabelecidos. Nesse cenário, a figura do líder aparece para mostra a direção, trazer aquela área ou pessoa para o mesmo foco, amenizar os conflitos de egos, e liderá-los em um espírito de cooperação.
Sobre a vida da empresa, o líder tem a consciência do cenário real da corporação e do ideal. É capaz de conduzir um estágio para o outro. Na percepção do ambiente, ele tem estrutura para mudar aquilo que precisa ser mudado e base para viver o contentamento daquilo que não pode ser alterado.
O líder necessita ser humilde para atender os interesses do Todo. E esse é o ponto de partida. Como provém do líder a visão para os liderados, o discurso entra para convencer de que aquilo que o líder está propagando é importante para todo mundo. Se o liderado não recebe um grau necessário de importância daquela missão, o líder andará então sozinho. Dessa forma, a maior matéria prima para o líder são as pessoas. Delas vem o movimento concreto e abstrato para alcançar um objetivo.
No entanto, um discurso só ganha vida com algo que o respalde. Esse respaldo só acontece quando o próprio líder é o modelo daquilo que estão solicitando. Nem sempre o “faça o que eu falo, mas não faça o que faço” funciona. As pessoas, os potenciais liderados, precisam ver credibilidade. Onde o “sim” do líder é realmente “sim”, e o seu “não” é realmente “não”.
De fato, todos nós precisamos de um líder. Mas só vamos confiar nosso tempo e conhecimento quando o fator credibilidade for algo visto com clareza. Os resultados só são possíveis com a cooperação e trabalho dos liderados. Tal ação só é possível com um forte líder no comando.
Texto apresentado na Fundação Getúlio Vargas no curso MBA em Gestão de Projetos
Pedro Henrique Curvelo
Fevereiro de 2012