Oh, Duquesa!
Não sou nobre, sou plebe. Sou da terra, do mesmo pó que você foi formada.
O fôlego de vida é o único bem que temos em comum.
Do comum, do igual, que você não deseja comungar e para um plebeu se entregar.
Tenho o chão da vida como fundamento, da alegoria do viver a habilidade para sentir e amar.
Minha alma sente pena de você! Pois, presa está em sua ortodoxia do que é “moral”, asfixia de um manequim com vestuário, que da loucura encontrou vertigem.
Para viver, basta acordar. O rosto despertar e no caminho chamado vida, simplesmente andar.
No dançar te mostrarei o prazer! Do vinho o saber! De um beijo a intensidade de um ser.
Sejamos um! Do comum o compartilhar, do seu pão desfrutar, para que de um amor plebeu você possa se embriagar.
Pedro Henrique Curvelo
Outubro de 2011