O “PING PONG” DO HOLOCAUSTO
Recentemente a mídia divulgou a posição escandalosa do Bispo tradicionalista Richard Williamson ao declarar que não é verídico o fato de seis milhões de judeus terem sido mortos no holocausto. Para Richard as câmaras de gás não existiram e que apenas 300 mil morreram nos campos de concentração nazista.
Depois do alvoroço que ocasionou na sociedade judaica, o Papa Bento XVI exigiu que o Bispo retire essa declaração. Ao lembrar da Shoah (Holocausto), o papa trouxe a memória o holocausto e criticou o ódio racial e religioso. É uma forma política que o papa tenta colocar para limpar a o nome do Vaticano, afinal a Igreja erra hoje ao dizer que não sabia da declaração do Bispo, e errou ontem com a omissão diante do nazismo.
Exigir que o Bispo retire tal declaração me faz refletir sobre a liberdade de pensamento que o indivíduo tem, mesmo que contraditória com relação a verdade histórica. Ora, essa é a crença do Bispo Wiliamson. Se ele acredita dessa forma mesmo sem fundamento, ele deve abrir mão do sacerdócio católico romano, uma vez que não há compartilhamento dessa idéia.
Agora, se o Bispo retirar o que disse, além de declarar uma mentindo para si mesmo, pois ele acredita dessa forma. Mostrará também que ele (Richard) de tradicionalista passou a ser marionete de Bento XVI. Até o momento, Richard apenas pediu desculpas a Santa Sé, mas ainda não retirou tal declaração.
Assim, enquanto a fogueira se acende, presenciamos mais uma vez esse “ping pong” histórico onde a validade do holocausto sempre é questionada. Hoje com o Bispo Richard, a alguns meses atrás com o Presidente do Irã. Dessa forma, o Holocausto não se solidificou apenas na memória, é vivenciado, questionado e debatido constantemente. Dessa forma, o mundo participa ainda do holocausto, não o concreto, mas o ideológico.
PEDRO HENRIQUE CURVELO
Fevereiro de 2009
Recentemente a mídia divulgou a posição escandalosa do Bispo tradicionalista Richard Williamson ao declarar que não é verídico o fato de seis milhões de judeus terem sido mortos no holocausto. Para Richard as câmaras de gás não existiram e que apenas 300 mil morreram nos campos de concentração nazista.
Depois do alvoroço que ocasionou na sociedade judaica, o Papa Bento XVI exigiu que o Bispo retire essa declaração. Ao lembrar da Shoah (Holocausto), o papa trouxe a memória o holocausto e criticou o ódio racial e religioso. É uma forma política que o papa tenta colocar para limpar a o nome do Vaticano, afinal a Igreja erra hoje ao dizer que não sabia da declaração do Bispo, e errou ontem com a omissão diante do nazismo.
Exigir que o Bispo retire tal declaração me faz refletir sobre a liberdade de pensamento que o indivíduo tem, mesmo que contraditória com relação a verdade histórica. Ora, essa é a crença do Bispo Wiliamson. Se ele acredita dessa forma mesmo sem fundamento, ele deve abrir mão do sacerdócio católico romano, uma vez que não há compartilhamento dessa idéia.
Agora, se o Bispo retirar o que disse, além de declarar uma mentindo para si mesmo, pois ele acredita dessa forma. Mostrará também que ele (Richard) de tradicionalista passou a ser marionete de Bento XVI. Até o momento, Richard apenas pediu desculpas a Santa Sé, mas ainda não retirou tal declaração.
Assim, enquanto a fogueira se acende, presenciamos mais uma vez esse “ping pong” histórico onde a validade do holocausto sempre é questionada. Hoje com o Bispo Richard, a alguns meses atrás com o Presidente do Irã. Dessa forma, o Holocausto não se solidificou apenas na memória, é vivenciado, questionado e debatido constantemente. Dessa forma, o mundo participa ainda do holocausto, não o concreto, mas o ideológico.
PEDRO HENRIQUE CURVELO
Fevereiro de 2009