sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

INTERVENÇÃO FEDERAL Entre a arte e o dever de casa



Mal passou o carnaval, somos surpreendidos com um novo bloco. Ou, para ser mais preciso em se tratando do Rio de Janeiro, “arrastão da federal”. 💂

A intervenção federal surge como um “Aleluia” para a população do estado do Rio que sofre ao sair de casa. Quando em todo lugar, as pessoas usam a tecnologia do celular para consultarem aplicativos de tempo e trânsito para sair das suas residências, o carioca olha o aplicativo “Onde tem tiroteio” (#OTT), que apesar de útil, revela nossa crise social. A história mostra que em tempos de desespero, quando aparece alguém como um salvador, esse alguém é amado e desejado pela população. Ainda mais se esse salvador aparecer de farda. Não importa se essa mesma farda foi responsável um dia pela expulsão do Imperador do Brasil ou pela ditadura militar. Você quer falar de história para um povo que tem sido assaltado com violência?! Desculpa! Vamos prosseguir.👇

A intervenção surge também como uma cartada certa de Temer. Sim! Diante da sua dificuldade em consolidar votos necessários para a Reforma da Previdência (Por mais que ele seja “carismático”, mas votar uma pauta dessa em pleno ano de eleição é muito difícil!), e sua fixação em deixar um legado na história, nada melhor do que tentar salvar um defunto. Não é mesmo? Então, ele joga de um lado: Se conseguir consolidar votos, dar uma pausa na série de terror que é o Rio, aprova a Reforma e entra para a história como o responsável pela “mesada” do vovôs e vovós no futuro. Se não conseguir, brinca de “marcha soldado” e também entra para a história. 👴👵

Não acredite em “bom samaritano” na política. Quando se faz uma jogada, é igual no xadrez, um olho no relógio e o outro no olhar do adversário. Qual ação ele projeta no tabuleiro? 👀

A intervenção ajuda também as eleições de 2018. É insumo para candidatos como o Bolsonaro nos seus discursos que... não sei explicar! O que importa? Não preciso escrever mesmo o que ele fala, pois o que alimenta a multidão é sua imagem e seus gritos. Ninguém analisa os seus discursos. Haja vista, diante da solução que ele deu em uma palestra para a Rocinha, ele deveria se candidatar a governador do Rio e não Presidente. Mas, não vou gastar linhas com ele. Ele não irá ganhar. Pode acreditar em mim (rs). Irá sim, fazer volume para no segundo turno, apoiar alguém e ganhar um ministério. Quem sabe o da justiça 😊

E o Pezão? A intevenção só reforça um ponto de reflexão: Caramba! Por qual motivo eu voltei a comer aquela comida que me fez mal? Ou seja, se eu fiz burrada em votar no Cabral, por qual motivo votei no Pezão como governador e no filho do Cabral como deputado?😒

Por fim, escrevi e escrevi para dizer o seguinte: Se para eu comprar pão na rua tranquilo eu preciso ter um soldado na esquina, que assim seja! Moro na zona norte do Rio e tenho que preferir pela lei da sobrevivência.🙈🙉🙊

Pense nisso!
Pedro Curvelo
Fevereiro de 2018