quinta-feira, 7 de agosto de 2014

LABIRINTO DOS VIDROS



Fleches de uma memória
O retorno a um ponto não definido por mim
Mas gerado dentro de mim

Há dois corpos
Mas várias identidades

É coerente definir como identidade quando o real se mistura com o abstrato?
Quando a energia consumida em uma imaginação se fundi com o corpo físico em sua atividade

É como se o Eu estivesse rodeado por vários espelhos
Cada um parece ter vida, pois reflete a imagem e locomoção de quem o projetou

Como se achar no labirinto dos vidros?
O espelho mostra em parte
O caminho da cegueira mostra a plenitude
Par alcançar, é necessário ouvir atentamente o som da surdez

Por ali ninguém passou
Nunca ninguém entrou
Só há um que de dentro saiu
Com a ordem criada se entrelaçou
Por fim, se corrompeu e se viciou do swing das identidades

Em uma dimensão os espelhos
Em outra o voar adormecido

Necessário se faz do sono do voo despertar
Para no silêncio então flutuar

Pedro Curvelo
Agosto de 2014

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