sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O LADO MENINA DE NATASHA




Depois do expediente do trabalho, vestida com roupa social preta, da sua bolsa, Natasha tira sua agenda rosa. Agenda que momentos que vira um diário. Entre registros de compromissos, contas a pagar, há também corações desenhados, desabafos escritos e desenhos de bonecas.

Totalmente mulher, simplesmente menina. No amor, ela sabe que não há príncipes encantados. Ela sabe que homens são encontrados na jornada chamada vida, o permitir se revelar, o permitir conhecer. Mas, há em paralelo as expectativas afobadas, sonhos de uma família que são fragmentos das suas brincadeiras com as bonecas.

O duelo do belo e feio, ela sabe que é relativo. Desafio para seguir o seu coração ou aquilo que o mundo colocou como padrão.

Que variação de sentimento, Natasha!

Quando criança, medo de ser adulta.
Quando adulta, aliviada pela satisfação da independência.

Quando criança, sonho de voar.
Quando adulta, medo de cair.

Infância e vida adulta, são fases que o tempo rege em parte, pois a outra, a magia conduz. E esta, sempre esteve com você, Natasha.

Pedro Henrique Curvelo
Outubro de 2012

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