domingo, 1 de janeiro de 2012

2012 – O ANO DA CONSCIÊNCIA




Nós gostamos de definir datas, ciclos e fases. Condicionamos a evolução da nossa existência a um calendário. 12 meses é um tempo para construir, no fim, paramos para refletir, fazer balanços, e mensurar se aquilo que colocamos na agenda, foi possível alcançar.

Existem projetos que alcançamos durante o ano. Alguns que não alcançamos porque não foi feito nada. E outros que, embora tenhamos feito a nossa parte, não conseguimos. Nesse momento, você pode interpretar como quiser: intervenção divina, condução do destino ou simplesmente não deu.

Dia 31 de dezembro se torna um dia para profetizarmos. Declararmos que o próximo ano será um ano de conquista e prosperidade, para isso, passamos a virada dentro de uma igreja, jejuamos, colocamos aquela cor da sorte, mergulhamos sete vezes para Iemanjá e lhe entregamos oferendas em um barquinho (que inclusive agora tem versão sustentável. Interessante!).

No entanto, quero desafiar você para algo diferente. Ao invés de dizer que 2012 seja o ano da conquista, do recomeço, da prosperidade, da restituição ou qualquer outro título que você queira. Quero convocá-lo a declarar que será o ano da consciência.

Nossa geração tem evoluído. Como brasileiros temos vivido tempos de prosperidade. Prosperidade essa que os nossos pais e avós queriam ter visto no passado. Temos facilidade de crédito, acesso a informação, oportunidades de emprego e possibilidade de ter uma qualidade de vida melhor.

A nossa tecnologia em uma progressão acelerada tem tornado tudo mais dinâmico e inovador. Em contrapartida, a nossa consciência tem regredido.

O bom senso tem entrado em extinção. É lamentável, por exemplo, você pegar uma condução para o seu trabalho e pessoas escutando música sem fone de ouvido. É triste você olhar para um sinal de trânsito vermelho, atravessar na faixa de pedestre e, de repente, um carro quase te atropelar. Ou então você ver uma mulher grávida em um metrô e ninguém ceder o lugar.

Perdemos o conhecimento dos bons modos. Não percebemos mais o: “Bom dia”, “com licença”, “desculpa”, “perdão”, “obrigado”, “por gentileza”, “você primeiro”.

O conhecimento tecnológico evoluiu, ganhamos mais dinheiro, mas nossa humanidade regrediu.

O que vale é o “falo” de quem está pagando. O Money ultrapassa os nossos códigos sociais e de civilização.

Nossa consciência tem atrofiado. Temos liberdade religiosa no nosso país, garantida pela constituição. Mas, ao invés de aproveitarmos para vivermos nossos rituais e crenças, cada um no seu lugar, queremos um ringue de luta com outras religiões.

Ao invés de noticiarmos quando um cientista descobre algo que irá favorecer a humanidade, ou, a elaboração de novos projetos sociais e econômicos, preferimos celebrar, dar crédito, para aquela cantora de funk que saiu nua em uma revista, ou o escândalo sexual de alguém famoso. Nossa sociedade se alimenta de lavagem. E o pior, pagamos caro por isso.

Encaramos com naturalidade os casos de pedofilia, traição, assassinato por dinheiro, corrupção, policial matando uma juíza. Nossa alma já está anestesiada diante de tais notícias.

Lamentável!

Diante desse cenário, desejo que no ano de 2012 sua consciência seja renovada. Seus valores e princípios sejam fortalecidos. Sua sensibilidade para com a necessidade do próximo avivada.

Lembre-se, biblicamente o profeta Daniel uma vez falou que a ciência iria evoluir. Fato! E Jesus disse que nos últimos dias o amor de muitos se esfriaria. Fato também!

Que o seu amor não esfrie.

Seja gentil, justo, responsável com a sua vida, família, emprego e nação.

Deus abençoe a sua consciência nesse ano de 2012.

Pedro Henrique Curvelo

Janeiro de 2012

Um comentário:

Anônimo disse...

Perfeito Pedro! Talvez o grande "chamado" dos Maias, dos profetas bíbiclos e outros mensageiros que tentaram nos alertar seja esse mesmo, pra nossa consciência. Pra mim nós já estamos vivendo os "tempos chegados" e a "volta do Cristo" também já está aí.... esse tempo é especial, temos nossa consciência pra escolher o joio ou o trigo da alma, independente de vínculos religiosos. Se possamos ter lucidez nas escolhas. abraços. Marcelo Galvan