quinta-feira, 11 de junho de 2009



AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO SOBRE O “ESPÍRITO PROTESTANTE”.

O Evangelho de Cristo é poder de Deus, isto é, ele é indestrutível. As boas novas com a sua graça e leveza sempre permanecerão. O Senhor Jesus disse que os céus e a terra passarão, mas as suas palavras permaneceriam para sempre. Uma geração pode viver uma sequidão espiritual e uma crise existencial, mas ela sempre poderá contemplar o revigor da Graça de Deus.

Maravilhosa Graça que ninguém pode corromper! Os cristãos judaizantes tentaram corromper o Evangelho, da mesma forma como os gnósticos, ambos na época do Apóstolo Paulo, mas a simplicidade do Evangelho prevaleceu.

O homem já tentou engarrafar Deus em uma instituição e manipular a autoridade espiritual visando benefício próprio, no entanto, o espírito protestante entrou em ação naquela época com Lutero e outros. Esse ato de protestar que se manifestou inicialmente nos crentes em Beréia, foi dimensionado até os nossos dias.

Protestar – colocar em teste um dogma ou o que se ensina em nome de Deus para verificar se procede de Cristo – não foi um ato consumado no período histórico da Reforma religiosa na Europa no século XVI. O ato de PRO-TESTO e PRÓ-TESTE é algo constante, renovador e contextualizado, nunca estagnado.
Com esse entendimento, podemos dizer que nenhum pastor, padre, rabino ou qualquer outra pessoa, tem o direito de deturpar o Evangelho. Como costuma dizer o Reverendo Caio Fábio: “Jesus é a chave de toda hermenêutica”. Por fim, precisamos, tão somente, acreditar que Jesus é tudo e o bastante para as nossas vidas. Vivamos o evangelho na essência, que é tão claro que até quem é cego consegue ver e quem é louco não erra o caminho. Sendo tão simples assim, o que passar disso é invenção dos homens.


PEDRO HENRIQUE CURVELO

Outubro de 2008

Artigo publicado na Segunda Igreja Presbiteriana de Honório Gurgel


XEQUE MATE BRASILEIRO
A história da política nacional

O que é a história da política brasileira se não um jogo de interesses das classes dominantes, onde os momentos do tempo e espaço nacional servem como fases de um jogo que pode parecer que não tem fim, mas já apresenta sinais de debilidade e extinção.

A independência do Brasil foi o “start” desse jogo onde o foco não é necessariamente o bem estar do povo, mas sim, os interesses particulares de alguns. Devemos entender que uma mutação ideológica age com muita flexibilidade em uma classe dominante que não queira ser prejudicada no campo da política e da economia.

Se for necessário romper com Portugal, que assim seja. Se for necessário reconhecer a maioridade de Dom Pedro II com os seus 15 anos incompletos, que assim seja. Se for necessário dá um “ponta pé no traseiro” do Magnânimo para adotar a República, que assim seja. Se for necessário adotar um comportamento liberal e depois, contraditoriamente, renuncia-lo, que assim também seja. Assim, nessa ciranda redundante dos “améns”, a política brasileira foi direcionada.

Felizmente, podemos perceber que esse ciclo tem se desestruturado cada vez mais. O que era campo fechado no domínio do coronelismo, não pode resistir ao desenvolvimento da opinião pública. Hoje, a democracia, simbolizada pelo voto, pertence a qualquer cidadão, seja do clã oligárquico, ou um “excluído” qualquer. Pois, se antes só votava quem tinha dinheiro, hoje o mais pobre pode exercer esse direito.

Como cidadãos da República do Brasil, temos a responsabilidade de fazer com que a consciência democrática de cada brasileiro seja preservada e amadurecida. Que a livre escolha e o direito de votar e ser votado não seja molestada por aqueles cujos interesses partidários estão acima do bem-estar da nação. Ainda é necessário que o legado do coronelismo seja enterrado, dando ênfase à Bahia e ao Maranhão, e que o abuso das milícias seja exterminado.

Dessa forma, quando a consciência democrática de cada brasileiro for livre e madura, o jogo chegará ao fim. O Brasil será mais justo e igualitário, a ética preservada e o povo mais próspero. Estabelecendo assim, o xeque mate no tabuleiro da corrupção.

PEDRO HENRIQUE CURVELO
Fevereiro de 2009